O controle da População

INTRODUÇÃO

Queridos amigos, se pudéssemos sintetizar em uma frase a realidade de nosso mundo, poderíamos dizer que a humanidade vive na atualidade uma luta entre os fortes e os fracos, cujo âmbito de ação é universal. Enfrentando um conjunto de países e sociedades enriquecidas como são a Europa, EUA e Japão, que constituem 15% da população mundial, com uma imensa maioria de população empobrecida, que padece uma contínua situação de injustiça, de roubo e de violência.

Existe portanto uma realidade de dominação dos fortes, de âmbito planetário cujas forças motrizes são o lucro e o poder. Estes planos se disfarçam como "saúde reprodutiva", "paternidade responsável", "planejamento familiar", "educação sexual", "luta contra a AIDS", "saúde sexual", "ações de gênero", "feminismo" ou "desenvolvimento sustentável".

Esta divisão do gênero humano entre fortes e fracos gera sobre os países empobrecidos uma realidade de injustiça, violência e morte.

- O 82% da humanidade está condenada à fome.

- 1500 milhões de pessoas sofrem em suas diferentes formas.

- 400 milhões de crianças vivem em situação de escravidão

- 50 milhões de mortos é o balanço anual dos mais de 40 conflitos bélicos abertos na atualidade, a maioria mulheres e crianças.

- 50 milhões de crianças são abortados ao ano.

- 80 países têm em vigor a pena de morte

- O terrorismo, a eutanásia não cessam de fazer vitimas e destruir famílias.

Podemos afirmar portanto que vivemos em uma autêntica guerra planejada contra a vida, contra os fracos, os pobres... em que não se pode ser espectador. Ou se é vítima ou verdugo. Ou se está com os fortes ou com os fracos.

Aprofundaremo-nos na conversa de hoje um dos pilares desta situação de dominação como é o controle da população e os diferentes mecanismos que facilitam dito controle (aborto, eutanásia, clonagem, a esterilização) para depois denunciar as causas e fins que há por detrás de tanta morte.

Em um primeiro momento me centrarei nos mecanismos que têm em nossa sociedade este controle da população, como são as políticas proabortivas, a aceitação de maneira paulatina da eutanásia, e da clonagem.

1.- ABORTO

Estima-se que no mundo ocorrem 53 milhões de abortos ao ano.

Na atualidade está permitido o aborto em 54 países, o que supõe  61% da população mundial, sem contar os abortos ilegais que se produzem, os quais se dão tanto nos países em que está legalizado como nos que não.

Uma cifra: na Espanha se produziram 60.000 abortos no ano 2000, que se podem considerar livres, de fato e que com as últimas reformas do governo popular aumentou 29%.

No mundo científico se considera ser vivo  qualquer tipo de célula que existe na natureza. busca-se vida em Marte procurando moléculas de água, mas isto não ocorre com os seres humanos. Não se considera uma pessoa, uma vida a um feto dentro do ventre materno, sobre tudo se for nas primeiras semanas de gestação, apesar de que inclusive antes das 4 primeiras semanas já existe batimento cordíaco.

Para justificar o aborto terapêutico se fala de um perigo para a saúde da mãe, ou de grandes má formações no feto. A maior taxa de abortos,  97%, produz-se em mulheres entre 20 e 29 anos, que está descrita como a idade de menor risco de alterações psicológicas.

A paternidade responsável não está fomentada devidamente, de modo que esta debilidade da família é assumida pelo Estado, ou mas bem, os pais delegam ao Estado, a responsabilidade da educação dos filhos. Este é o caso mais chamativo dos jovens. Em vez de formação em valores e respeito à dignidade da pessoa, a nossos jovens, é mais fácil lhes dar camisinhas, que nem sequer sabem usar.

Está visto que este é um ponto chave de ataque à família, célula base da sociedade. O ataque sistemático à família, levou a esta à perda da transmissão de valores como a gratuidade, o sacrifício, a solidariedade, o amor, a proteção do mais fraco, deixando-o nas mãos do Estado onde prima o indivíduo sem responsabilidade, que consome, que vive o dia, que busca o bem-estar e a comodidade acima de tudo, que não luta pelos mais fracos ou contra as injustiças.

2.- EUTANÁSIA.

Conhecemos como eutanásia o processo de morte induzido premeditadamente de um homem para outro homem, em outras palavras, matar  outro homem com o pretexto de poupar-lhe sofrimento. É diferente do direito de morrer dignamente.

Mais tecnicamente o definem como a morte fácil e indolor, ou uma morte “piedosa” provocada em uma pessoa que sofre uma enfermidade incurável e dolorosa.

Encontramo-nos em uma sociedade que quer aumentar a vida  média do homem. Segundo o último informe da Comunidade de Madri, a vida média das madrilenas ronda os 83 anos de idade e a dos madrilenos, os 78, com o qual vemos claramente que se está conseguindo. Bombardeiam-nos com os hábitos de vida saudável, com a qualidade de vida, mas, entretanto, não se quer os idosos, e legaliza medidas para eliminá-los. Como conseqüência direta do prolongamento da vida, estão as doenças próprias da velhice.

Segundo as mais recentes estimativas, tendemos a viver em uma sociedade cada vez mais envelhecida. Alguns dados: Em 1900 a Europa tinha  25% da população mundial, em 2050, será  7%.

Mais concretamente na Espanha. Hoje a Espanha tem 39,4 milhões de habitantes, cifra que vai em diminuição a partir das próximas décadas. Calcula-se que em 2020 haverá 14 milhões de espanhóis com mais de 65 anos, o que representa 17% da população. Na Europa 15%.

O que acontece ?. Que com a diminuição de filhos por mulher, que está na Espanha em 1,07, a atenção familiar a esses idosos será escassa, posto que corresponderá em sua maioria às famílias de um só filho resultantes de 20 anos de anticoncepção.

Mas nos centrando exclusivamente na dignidade da pessoa, do ser humano. por que queremos “matar” os que não estão bem?.

Queremos viver mais, mas não assumir as conseqüências disso. Para isso já inventamos lugares onde encerrar a nossos idosos que já não podem fazer outra coisa mais que estar sentados em sua cadeira de rodas ao sol, já não nos servem como referente, sua vida e sua experiência. perderam o valor em uma sociedade que vive do que o presente opina. Bom, minto um pouco. Os idosos se que interessarem, são um negócio redondo.

Mas isto ocorre aqui, onde a eutanásia ainda não está legalizada, embora se estejam dando passos para isso, em minha opinião, como é o testamento vital, aprovado já primeiro na Catalunha através da Lei 21/2000, em 29 de dezembro do ano 2000, e no resto da Espanha, por unanimidade no Congresso dos Deputados em 20 de junho de 2002.

Por exemplo, na Holanda, segundo o Relatório Remnlik, de 1991, em 1990 houve mais de 12000 casos de eutanásia nos quais os médicos tomaram decisões sobre as vidas de seus pacientes em mais da metade dos casos sem o consentimento destes. Estas medidas têm conseqüências diretas, das quais, a mais significativa é que a Holanda é o país europeu mais atrasado quanto à medicina paliativa da Europa.

Em geral, a aceitação da eutanásia, leva consigo uma série de conseqüências como:

- a utilização da eutanásia, como já dissemos, freia a investigação e o avanço da medicina. Sabemos que o que impulsiona à investigação são os processos, para desenvolver novas terapias tanto curativas como paliativas.

- tanto a eutanásia, quanto o aborto, a clonagem, geram e fomentam uma mentalidade eugênica, nos negando a dignidade como pessoas e nossos direitos, sobre tudo, o direito à vida.

- a generalização da eutanásia fomenta a mentalidade de que uma vida com limitações não vale a pena ser vivida (que o diga Stephen Hawkins).

- a pressão social pode chegar a gerar um sentimento de culpa sobre a pessoa doente, de tal modo que pense que é uma carga para sua família e para a sociedade. Isto incrementa a eutanásia involuntária, assim como no caso do paciente que não se encontra em condições de expressar sua vontade. Neste caso é o médico e a família, os que dão com a conclusão de qual seria a vontade do paciente se pudesse se expressar. Chega-se à conclusão de que essa vida não tem valor.

3.- A CLONAGEM.

Falamos de clonagem quando nos referimos à produção de muitas copia idênticas a um fragmento concreto do DNA.

Os peritos nos falam de 2 tipos de clonagem:

- Clonagem reprodutiva: que é a que se utiliza para obter indivíduos clones entre si ou entre seus progenitores. (esta é a propaganda que a seita dos raelianos pôs em moda)

- Clonagem não reprodutiva: que é a aplicação de técnicas de clonagem em cultivos celulares ou em embriões sem intenção de produzir um indivíduo vivo, mas sim com objetivo de estabelecer cultivos de tecidos, e se fosse possível de órgãos, a partir de células, que são células imaturas com capacidade de regeneração e de diferenciação. Estes últimos podem ser estabelecidos com fins de pesquisa básica ou clínica na reparação de órgãos ou tecidos danificadOs, em cujo caso falamos de clonagem terapêutica.

Ambos os tipos de clonagem têm uma série de aspectos éticos e morais importantes a ressaltar.

Sobre a clonagem reprodutiva diremos:

- O homem é um fim em si mesmo, não um meio.

- O homem tem direito a não ser programado geneticamente.

- O homem tem direito a ser geneticamente único e irrepetível (propriedade de unicidade)

- A clonagem humana responde a uma trajetória eugênica, que quer clonar os fortes.

Segundo Hans Jonas é “no método a forma mais despótica e, de uma vez, mais escravizante de manipulação genética; seu objetivo não é a modificação arbitrária de uma substância, mas sim precisamente, sua arbitrária fixação em oposição à estratégia dominante na natureza”.

- A clonagem humana produz uma instrumentalização da mulher, reduzida a mera portadora de óvulos e de útero, passando posteriormente à criação de úteros artificiais.

- desvirtuam-se as relações mais próprias da pessoa, a maternidade, a paternidade,... podendo ser uma mulher gêmea  de sua mãe ou filha de seu avô. Rompemos de novo a família, núcleo da sociedade e da solidariedade.

- Alimenta a idéia de que alguns homens podem ter o domínio total e absoluto sobre a existência de outros.

- Favorece a idéia de que o valor do homem e da mulher não dependem de sua identidade como pessoas, mas sim das qualidades biológicas que podem ser apreciadas, e que portanto, podem ser selecionadas.

- O homem não é só um conjunto de células, órgãos, gens. É corpo e alma. Tem motivações, ideais, experiências vivenciais e não só físicas.

Ainda não há uma experiência suficiente nem com animais, além disso os ensaios que se realizaram não chegaram a bom final.

As tentativas realizados no momento foram infrutíferas. Por exemplo, para clonar a ovelha Dolly se requereram 200 tentativas. O êxito não superou 3% dos experimentos. Produziram-se anormalidades, abortos, e todo tipo de defeitos e mutações. Não se sabe se o indivíduo clonado pode ser portador de graves anomalias genéticas.

A valoração ética deste tipo de clonagem é negativa, e da comunidade científica se apela ao sentido da responsabilidade.

Sobre a clonagem não reprodutiva ou terapêutica diremos:

Poderia-se pensar que neste tipo de clonagem não existem reparos éticos, entretanto, a obtenção de um embrião artificial com o propósito de fazer cultivos, expõe o problema de tê-los criado. Ter criado um embrião humano que tem que ser destruído para poder estabelecer os cultivos celulares desejados. Teria sido criado um embrião para experimentação.

Aqui voltamos para tema do aborto, desde quando uma pessoa é pessoa?.

Constata-se que poderia ser desnecessária a utilização da clonagem não reprodutiva se chegarem a fazer-se realidade clínica os dados experimentais emergentes que parecem indicar a possibilidade de estabelecer cultivos de tecidos a partir de células-tronco que estão presentes em órgãos de pessoas adultas. Aqui contribuímos por exemplo o caso do paciente de cardiologia que saiu há poucas semanas no meios de comunicação, no que, a partir de células de seu próprio corpo, puderam-se reconstruir os tecidos danificados de seu coração depois de um enfarte de miocárdio.

São tantos os aspectos éticos negativos quanto à clonagem que nem sequer a comunidade científica  deixa claro. Para maquiá-lo um pouco, inventaram a figura do pré-embrião, mas não está claramente definido, por que? Ao melhor não tem resposta.

O homem se apodera da “liberdade” de brincar com a vida do homem ao não considerar o embrião como uma vida humana em desenvolvimento. A Igreja nos lembra que estas técnicas, que se introduzem em nome da saúde e do bem-estar, supõem uma autêntica discriminação entre os seres humanos em virtude de seu tempo de desenvolvimento. Deste modo, um embrião vale menos que um feto, um feto menos que uma crianças, uma criança menos que um adulto. Transtornando o imperativo moral que impõe, pelo contrário, a máxima tutela e respeito precisamente aos mais fracos, a quem não está em condições de se defender e manifestar sua dignidade intrínseca.

Poderíamos concluir afirmando que estes três aspectos: aborto, eutanásia e clonagem, atentam contra a vida humana, vulneram os direitos humanos fundamentais, em virtude do fato de ser homem e eximem o direito de igualdade, o direito à vida e à integridade física e mental, do primeiro até o último momento de sua existência.

JULGAMENTO

A primeira pergunta que provavelmente nos vem à cabeça é pensar porquê ocorre isto? Quais são os responsáveis por esta situação de verdadeiro extermínio da vida?

Recordemos que já Malthus no século XVIII augurava que se a população mundial continuasse crescendo o planeta caminharia inexoravelmente para a ruína. Esse mito de que somos muitos continua sendo argumentado pelos estados e organismo internacionais como justificante das políticas de planejamento familiar, quer dizer, de extermínio. E além disso são as vítimas, os fracos os responsáveis por seu desnutrição, de seu subdesenvolvimento, de seus problemas sanitários endêmicos, da destruição do meio ambiente, são muitos e vivem amontoados, têm muitos filhos, e portanto, não têm para dar de comer a todos, não têm médios para educar-se, estão constantemente em guerras tribais, e a conclusão para eles é que sobram. Que de forma mais eufemística poderíamos dizer que se precisa aplicar sobre eles políticas de desenvolvimento sustentável da população. E a sustenibilidade já foi fixada: 7,28 bilhões de pessoas segundo o Fundo para a população das Nações Unidas. Embora para o embaixador dos EUA na Espanha, com o fim de proteger a natureza, deixaria a população em 2 bilhões. A pergunta é se ele se incluiria nos 2,5 bilhões de pessoas que segundo ele mesmo sobram.

Mas a realidade lança por terra estes argumentos de superpopulação.

- Não faltam mantimentos. Com a produção atual se poderia alimentar a 10 bilhões de pessoas. Uma criança americana consome o que 442 crianças etíopes consomem.

- A densidade de população não está relacionada com o aumento da mortalidade. A Suíça, por exemplo, não tem recursos naturais, e mantém uns níveis de densidade de população de 160 hab por km2. A Holanda de 354,  a Alemanha 246,.... e por outro lado temos a Bolívia com 6 hab/km2, Etiópia 44, Tanzânia 47, Argentina 18,.... A conclusão é que os países ricos são os que têm mais alta densidade demográfica.

- E se falarmos de consumo, um criança européia consome 50 vezes mais de energia e produz 50 vezes mais  lixo e tóxicos que um menino que vive na África.

Logo a situação atual não é um problema de explosão demográfica, nem de superpopulação, nem de esgotamento dos recursos. É um problema de injustiça em nível econômico, político, social, de partilha da riqueza. Frente a qual a resposta lógica seria a mudança de tais estruturas, mas se optou por acusar a vítima, por planejar seu controle.

QUAIS SÃO AS ESTRATÉGIAS DE CONTROLE DEMOGRÁFICO?

Este acusar a vítima ficou de manifesto no relatório 2000 (NSSM 200) elaborado pelo Conselho de Segurança Nacional dos EUA no ano de 1974 e posto à luz nos anos 90. Onde se dizia:

- Os atuais fatores de população nos países menos desenvolvidos supõem um risco político, inclusive um problema de segurança nacional para os EUA. Os países com interesse estratégico para os EUA são a Índia, Bangladesh, Paquistão, Nigéria, México, Indonésia, Brasil, Filipinas, Tailândia, Etiópia, Turquia e Egito... especialmente aqueles que têm uma população crescente e desigualdades também crescentes).

- No ponto 33 de dito documento: Nosso objetivo é que o mundo chegue ao nível de fertilidade de substituição no ano 2000. As bases para obter este objetivo devem figurar no Plano Mundial de População das Nações Unidas.

- A localização de reserva de minerais nestes países supõe uma relação de dependência dos países industrializados em relação aos menos industrializados... É possível que empresas estrangeiras sejam expropriadas através de governos, conflitos trabalhistas ou desordens civis. Com isso nossas reservas se veriam comprometidas. Portanto se  forem reduzidas as condições de crescimento da população os riscos sobre nossos interesses serão menores. Fica claro que são as matérias primas do terceiro mundo o interesse de estratégia de segurança nacional dos EUA.

E como pôr em prática este controle da população?

Em tal relatório dizia:

- Os EUA trabalharão com organizações internacionais estimadas e acreditadas como a OMS, o Banco Mundial e a UNICEF.

- Temos que ter  cuidado de que nossas atividades não dêem aos países em desenvolvimento a aparência de políticas de um país industrializado contra países em desenvolvimento. Terá que assegurar-se neste terreno. Os líderes do Terceiro Mundo devem figurar a cabeça e receber o aplauso pelos programas eficazes.

Um exemplo disto  temos com os prêmios ao Planejamento Familiar que instituiu a ONU, onde a China e a Índia obtiveram os primeiros lugares por sua política de descendência única e por sua política de esterilização em massa.

- A arma dos mantimentos deve ser utilizada. Os governos do Terceiro Mundo que não se submetam voluntariamente ao programa de redução de população deverão ser forçados a essa submissão por estes meios:  negar-lhes créditos por parte do FMI, incitar à rebelião à população faminta, chegando inclusive em trocas de soberania. (Como dirá Allan Greg, da Fundação Rockeffeler, a superpopulação é um câncer; nunca ouvi que um câncer se curasse alimentando-o)

E COMO ESTÃO SENDO CONCRETIZADAS ESTAS LINHAS ESTRATÉGICAS?

1.- Com o desenvolvimento de métodos de anticoncepção e esterilização mais “sofisticados”, seria melhor dizer, mais genocidas, e sua experimentação e desenvolvimento sobre populações alvo:

a) A pílula experimentada em Porto Rico nos anos 50

b) O abortivo Dispositivo Intra-uterino ou DIU

c) Os contraceptivos injetáveis (Progevera) que se injetam a cada três meses. Sua aplicação é simples e tem baixo custo. Em alguns países se desenvolveram equipes móveis que percorriam os povos cada três meses para ministrar as injeções nas mulheres. Em alguns casos como em El Salvador a injeção se aplicava sem que as mulheres tivessem conhecimento de que se tratava de um anticoncepcional. No Camboja em troca de uma galinha se aplicou em 8.000 mulheres. Na África do Sul se obrigava nas fábricas que as mulheres recebessem a  injeção sob ameaça de demissão. Este método é amplamente utilizado pela OMS para estimular a esterilização reversível no Terceiro Mundo. Até sabendo que foi demonstrado os efeitos secundário cancerígenos

d) Norplant: é um anticoncepcional subcutâneo, cujo efeito dura durante cinco anos. Os testes se desenvolveram em Bangladesh. As mulheres não deram sua autorização nem foram informadas do alto numero de efeitos colaterais que tinha (hemorragias, alterações da visão, debilidade extrema, anemia, emagrecimento..).  Se Decidissem tirá-lo, (coisa que só se pode fazer de forma cirúrgica) tinham que pagar a operação e o implante. Um relatório da OMS de 1993 afirmou que o Norplant é efetivo, reversível e apropriado para seu uso já que foi testado em mais de 40 países do terceiro mundo com cerca de 25.000 mulheres. Hoje em dia na Espanha há ginecologistas que o oferecem.

e) A esterilização através da ligadura de trompas é um dos métodos. Na Colômbia é gratuita. Está financiada por fundações privadas como A Fundação Ford. Neste país só no ano de 1987 foram esterilizadas 40.000 mulheres com a promessa de receber batons. E na atualidade a associação Pró-Família esteriliza diariamente 80 mulheres. Na Guatemala uma agência católica denunciou a esterilização em massa de mulheres indígenas sem consentimento prévio quando foram a hospitais estatais a consulta médica ou ao ser atendida nos partos. No México do total de partos por cesárea na população indígena  70% ficam estéreis. O caso mais  terrível temos no  Brasil onde a ‘Associação para o Bem-estar da Família’ foi acusada de ter esterilizado  um milhão de mulheres só no estado de Guanabara entre 1965 e 1975. Segundo um relatório do ministro da Saúde  brasileiro de 1993, 25 milhões de mulheres no Brasil estão esterilizadas, delas  80% era pobre, negra ou mestiça. E assim podemos seguir com outros países como Porto Rico onde em 1965 já tinham sido esterilizadas 45% de mulheres em idade fértil. Ou El Salvador, Indonésia, Índia, Bangladesh onde nos anos 80 se vinculou a entrega de alimento depois de uma epidemia de fome com a condição de ser esterilizada. 80% das mulheres dessa zona foram condenadas a infertilidade pelo resto da vida.

Foram descobertas formas de esterilização oculta em mantimentos, como na Guatemala onde se encontrou substâncias anticoncepcionais nos mantimentos doados dos EUA para a população pobre.

Desenvolveu-se vacinas anticoncepcionais sob os auspícios da OMS que podem ser mascaradas com a vacinação de tétano como se denunciou nas Filipinas, onde se dirigiu uma campanha de vacinação contra tétano só para mulheres férteis com pautas de administração diferentes às habituais. Algumas religiosas, que foram as que denunciaram o caso, mandaram analisar essas vacinas e continham substâncias anticoncepcionais. Exemplos deste tipo se produziram também no México, Nicarágua e Índia.

Também as esterilizações químicas que consiste em introduzir no útero da mulher quando vai se fazer uma revisão ginecológica e sem que ela se dê conta, substâncias irritantes que  inflamam e bloqueiam a entrada nas trompas de Falópio. É um método fácil, de baixo custo (22 pesetas por esterilização) e já foi aplicado na Guatemala com o financiamento de uma fundação americana (Population Council) e o beneplácito das autoridades sanitárias.

E por último a UNICEF e o Alto comissionado para os refugiados estão promovendo o uso do aspirador manual endometrial que é um método abortivo utilizado na primeira fase do gravidez, de fácil uso, que não requer grandes meios técnicos e que já se está utilizando na Bósnia, Afeganistão, Peru e África Central.

As conseqüências desta campanha durante 30 anos se está vendo na ibero-américa onde sua fertilidade foi reduzida pela metade.

Por detrás destas pratica genocidas, de extermínio temos a:

1.- AS MULTINACIONAIS FARMACÊUTICAS como Upjoh, Syntex ou Home Products que desenvolveu o Norplant e foi financiada por uma agência de ajuda ao Terceiro Mundo, a americana Agencia Norte-americana para o Desenvolvimento Internacional e de cuja propagação a OMS foi responsável. Estas empresas se aproveitaram das políticas de controle da natalidade onde o terceiro mundo se converteu em um bom campo de testes para seus produtos e em um campo privilegiado de venda de material anticoncepcional.

2.- AS FUNDAÇÕES E INSTITUIÇÕES PRIVADAS principalmente americanas são outro elo da corrente nestas políticas eugenistas, propiciam programas de esterilização, difundem anticoncepcionais e dispositivos intra-uterinos, pressionam os governos ou subornam seus mandatários para a aceitação destes programas e mantém campanhas de desprestígio das posturas contrárias a estas políticas, sendo especialmente críticas com a Igreja Católica como se vê nas conferências internacionais como a do Cairo. Seu financiamento corre a cargo de empresas farmacêuticas, capitais privados (Ford, Rockefeller, Bill Gates, Ted Tudner, Packard), de universidades, bancos e do governo dos Estados Unidos, Japão, Suíça, Holanda,...

Alguma delas são:

- Federação Internacional de Planejamento Familiar: é a principal promotora do Norplant e dos programas de esterilização. Algumas de suas medidas para reduzir a fertilidade das classes baixas nos EUA eram: transformação da imagem de família ideal, a redução ou eliminação das permissões pagas por maternidade, dificuldades na aquisição da primeira moradia, a esterilização obrigatória para quem já tem dois filhos.

- O conselho de População Norte-americana que desenvolveu um agente de controle da fertilidade dissolvido em  água potável que pôs em prática no Egito. No Brasil desenvolveu um plano de esterilizações que afetou  500.000 mulheres.

- Católicas pelo Direito a Decidir: entidade apóstata apoiada pela fundação Ford e cujo campo de ação é América latina. Um de seus principais objetivos é o atacar, ridicularizar as propostas, ensinos da Igreja Católica através do financiamento de meios de comunicação social, principalmente no EUA e América latina.

- Saúde Familiar Internacional.

- A associação para a esterilização voluntária

- Departamento do censo de povoado

3.- OUTRA LINHA OU ESCALA NA ESTRATÉGIA É ATRAVÉS DAS ORGANIZAÇÕES DAS NAÇÕES UNIDAS.

1.- O Fundo de População das Nações Unidas é o instrumento do Banco Mundial e da Agência Internacional de Desenvolvimento norte-americana para introduzir políticas em matéria de controle da população nos países do terceiro mundo. Sujeitando a cessão de programas de ajuda ao desenvolvimento à aceitação dos programas de população.

2.- A OMS (Organização Mundial da Saúde): seu financiamento depende em grande parte da contribuição externa de empresas farmacêuticas, o Banco Mundial, da fundação Ford e da Instituição americana Conselho de População. Desenvolveu projetos de pesquisa sobre o Norplant e como se comentou anteriormente foi denunciada pela participação no programa de vacinação com produtivos abortivos ocultos em Filipinas, México, Nicarágua e Índia.

O presidente americano Lindón Jonson resumiu de maneira acertada esta situação nos anos 60: “ Existem 3 bilhões de pessoas no mundo e somente 200 são nossas. Temos uma desvantagem de 15 para 1. Se a razão tivesse força, alagariam os Estados Unidos e  levariam o que temos. Nós temos o que querem.”

ALGUMAS CONCLUSÕES PARA FINALIZAR:

Como nos tentamos demonstrar a cultura da morte não é algo que se gerou espontaneamente. Está planejada científica e sistematicamente.

"Esta estrutura está ativamente promovida por fortes correntes culturais, econômicas e políticas, portadoras de uma concepção da sociedade apoiada na eficiência. Olhando as coisas a partir deste ponto de vista, pode-se falar de uma guerra dos capitalistas contra os fracos é o que nos diz João Paulo II na encíclica evangelium vitae; o fraco se vê como uma ameaça à qualidade de vida do forte, como um inimigo a eliminar.

Há uma tendência atual de ausência de responsabilidade do homem para seus semelhantes, cujos sintomas são a falta de solidariedade com os membros mais fracos da sociedade (idosos, crianças, imigrantes,. ..).

A crise da cultura nos leva a confusão entre o que são os direitos e os deveres.

A debilidade da família, relegou suas responsabilidades ao Estado... A família produz cidadãos livres porque a família é segurança humana e emocional, educação formadora de pessoas, liberdade e autonomia frente ao Estado. portanto terá que debilitar à família, eliminar a transmissão de valores como a gratuidade, o sacrifício desinteressado, o amor , a solidariedade, a justiça,... para que sejam valores participados do poder e os meios de comunicação social os que forjem os projetos de vida. A família é um obstáculo neste plano, uma estrutura social inconveniente.

O eclipse da consciência: onde a dignidade da vida, da pessoa humana se perdeu em favor do utilitarismo.

O QUE FAZER?

- Tomar partido. Nos fazer a pergunta de que lado estamos?

- Promover uma cultura da vida frente às formas de vida consumistas, egoístas e vazias que nos impõe a cultura da morte.

- Desenvolver realidades solidárias com as vítimas inocentes.

- Denunciar as causas destes crimes na rua, emprestando nossa voz a quem não tem voz..

- Exigir ao Estado espanhol que não colabore com estes crimes

- Exigir da  UE que combata politicamente todos os atentados sistemáticos contra a vida, que promova relações de justiça com os países empobrecidos

- Exigir responsabilidades aos organismos e instituições cúmplices estas de atentados contra a vida.

- Gritar NÃO MATARÁS.

FONTE:
Dr. Carlos Martínez
(Conferência pronunciada no Centro Médico de Barcelona, Espanha)
04 Setembro 2004

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