P.
Paolo Manna
Fundador da Pontifícia União Missionária
Nascido em 1872 em Avellino (Itália), o P. Paolo Manna decide entrar para o Seminário de Missões Estrangeiras de Milão em 1891. Três anos depois é ordenado sacerdote e em 1895 parte para Birmânia onde passará três períodos como missionário interrompidos por motivos de saúde. Mais adiante, durante uma peregrinação
a Louder, pede santidade e pureza, confiando seu futuro à
providência Divina. Aos dois anos do retorno a Itália, assume a direção do jornal "Le Missioni Cattoliche" - hoje chamado "Mondo e Missione" - transformando-o em pouco tempo em uma verdadeira revista missionária. Em 1916 funda a União Missionária do Clero, a atual Pontifícia União Missionária. Sua obra seria aprovada pelo Papa Benedito XV em 1917. |
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Em 1921 funda em Trentola Ducena, Caserta (Itália), o Seminário meridional para as missões estrangeiras. Em 1924 é eleito Superior Geral do Pontifício Instituto de Missões Estrangeiras (PIME), cargo que ocupa até 1934 durante o qual se dedica a visitar as missões de Ásia e de Estados Unidos.
Em 1937 é chamado a Propaganda
como Secretário Geral da Pontifícia União Missionária
(PUM), cujos sócios são em 1950 cerca de 230.000 em mais
de 50 países.
Em 1943 é chamado a exercer a responsabilidade de Superior da
região meridional italiana do PIME.
Em 1950, ao cumprir os cem anos da fundação do PIME, o Padre Manna antecipou em um opúsculo, "Nossas Igrejas e a propagação do Evangelho", a doutrina conciliar da Lumen Gentium. Nessa ocasião afirmou que "o mandato de pregar o Evangelho a todos os povos foi dado 'in solido' a todo o Colégio apostólico, do qual nossos Pastores são os legítimos sucessores".
Após uma vida entregada às
missões e sua divulgação, falece em Nápoles
em 1952.
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Trabalho como escritor
Sua vida como escritor se inicia em 1907, quando volta a Itália aos 35 anos de idade. Desde então se desenvolverá uma série de eficazes livros, na direção de várias revistas missionárias e na criação de uma rede de solidariedade mundial com as missões.
Durante sua etapa de diretor do jornal "A Missão Católica", o Padre Manna não somente pede a seus leitores orações, vocações e ajuda; mas também apresenta o problema missionário como desafio prioritário para o mundo cristão, o mesmo que exige a participação de todos os batizados.
Durante meio século foi apontado
como o grande comunicador da idéia missionária, e por
isso, publicou um estudo sobre uma tribo da Birmânia oriental
(1902). Depois, em 1909, assume a direção do jornal "As
Missões Católicas". No mesmo ano publica um pequeno
volume, "Os fiéis para os infiéis", e funda
uma publicação jornalística popular: "Propaganda
Missionária". Já em 1920 antecipa algumas idéias
novas de pastoral missionária no manual "A conversão
do mundo infiel".
.Vocação
de Missionário
A pesar de ter se autodefinido como "um missionário fracassado", o P. Manna contribuirá decisivamente no desenvolvimento das missões a raiz das experiências adquiridas em sua passagem pela Birmânia.
Ao ser nomeado como Superior Geral das PIME, teve sempre presente duas preocupações fundamentais: as missões entres os não cristãos e a santidade dos missionários.
Uma mostra é que ao voltar das missões do PIME, as quais visitava, ficam suas impressões "sobre o método moderno de evangelização", demonstrando-se antecipador da renovação conciliar.
P. Manna foi também ecumenista convencido, não em campo teológico mas como missionário, tendo experimentado em Birmânia a realidade da fragmentação sendo o primeiro em informar sobre este problema em relação à evangelização.
Fez acrescentar um artigo no Estatuto
da PUM sobre o tema e preparou um manual para os sacerdotes que obteve
grande aprovação, antecipando o nascimento do atual Pontifício
Conselho para a Unidade dos Cristãos.
.Processo
de Beatificação
O processo diocesano para a beatificação começou em Nápoles em 1974. Publicando-se em 1989 o decreto sobre a heroicidade de virtudes. Em 13 de novembro de 1990 o Papa João Paulo II visitou a tumba do P. Manna em Trentolla Ducena.
Finalmente em 24 de abril de 2001 promulgou-se o decreto relacionado com um milagre atribuído à intercessão do P. Manna, realizando sua beatificação em 4 de novembro de 2001.