O papa Leão XIV disse que agências de inteligência em alguns países trabalham contra a Igreja, "oprimindo a liberdade" usando informações confidenciais para "fins não benéficos".

Em audiência hoje (12) no Vaticano com pessoas que trabalham no setor de inteligência da Itália, o papa falou sobre a importância de conduzir seus trabalhos de modo ético e moral.

“É necessário vigiar com rigor para que as informações confidenciais não sejam utilizadas para intimidar, manipular, chantagear, desacreditar o serviço de políticos, jornalistas ou outros atores da sociedade civil. Tudo isso vale também para o âmbito eclesial”, disse o papa.

Leão XIV exortou os envolvidos em trabalhos de inteligência de segurança nacional a agir com profissionalismo, a respeitar a dignidade humana e a se comunicar de modo ético.

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“As agências de segurança muitas vezes precisam coletar informações sobre indivíduos e, portanto, têm um forte impacto sobre os direitos individuais”, disse. “É necessário, portanto, que sejam estabelecidos limites, conforme o critério da dignidade humana, e que permaneçamos vigilantes contra as tentações às quais um trabalho como o seu os expõe”.

O papa os exortou a garantir que a proteção da segurança nacional “sempre e em todos os casos garanta os direitos das pessoas, sua vida privada e familiar, a liberdade de consciência e de informação, e o direito a um julgamento justo”.

Leão XIV falou sobre as mudanças drásticas nas comunicações digitais nas últimas décadas e disse que a chegada de novas tecnologias cada vez mais avançadas "oferece maiores possibilidades, mas, ao mesmo tempo, nos expõe a perigos contínuos".

“A troca maciça e contínua de informações exige que estejamos criticamente vigilantes em relação a certas questões de vital importância: a distinção entre verdade e notícias falsas, a exposição indevida da vida privada, a manipulação dos mais vulneráveis, a lógica da chantagem e a incitação ao ódio e à violência”, disse ele.