7 de dez de 2025 às 16:20
O papa Leão XIV disse que o lema do Jubileu, ""Peregrinos de Esperança", não é um slogan que ficará ultrapassado em um mês! É um programa de vida
““Peregrinos de Esperança” significa pessoas que caminham e esperam, não ociosamente, mas participando“. disse o papa, na Audiência Jubilar ontem (6), na Praça São Pedro, no Vaticano, com o tema ”Esperar é participar - Alberto Marvelli".
Leão disse que “começamos há pouco o Tempo do Advento", que nos "ajuda a cultivar a esperança, prepara-nos para estar com Jesus e ensina-nos a discernir os sinais dos tempos".
"Esta espera não é passiva", disse o papa destacando que "o nascimento de Jesus revela-nos um Deus que nos envolve: Maria, José, os pastores, Simeão, Ana e, mais tarde, João Batista, os discípulos e todos aqueles que encontram o Senhor ficam envolvidos, são chamados a participar".
“É uma grande honra, e que vertigem! Deus nos envolve em sua história, em seus sonhos. Esperar, então, é participar”, disse.
O papa disse que “o Concílio Vaticano II nos ensinou a interpretar juntos os sinais dos tempos" que "nos diz que ninguém consegue fazer isso sozinho, mas juntos, na Igreja e com tantos irmãos e irmãs", no qual "interpretamos os sinais dos tempos".
"São sinais de Deus, de Deus que vem com o seu Reino, através das circunstâncias históricas”, disse.
“Deus não está fora do mundo, fora desta vida”, disse o papa. Aprendemos na primeira vinda de Jesus, que “Ele é Deus-conosco em meio às mais diversas realidades da vida”, em que somos chamados a buscá-lo “com inteligência, coração e mangas arregaçadas!”.
“Nos problemas e nas belezas do mundo, Jesus nos espera e nos envolve, pedindo-nos que trabalhemos com Ele. É por isso que esperar é participar!”, disse.
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Depois, o papa lembrou a vida e a obra de Alberto Marvelli, proclamado beato por são João Paulo II em 2004.
Marvelli, disse Leão, foi “um jovem italiano que viveu na primeira metade do século passado. Criado em sua família na escola do Evangelho, formado na Ação Católica, graduou-se em engenharia e entrou na luta social em tempos da Segunda Guerra Mundial, que ele condenava firmemente”
“Em Rimini e arredores, dedicou-se com todas as suas forças a ajudar os feridos, os doentes e os deslocados. Muitos o admiravam por sua dedicação altruísta e, após a guerra, foi eleito conselheiro e encarregado da comissão de habitação e reconstrução. Assim, ingressou na vida política ativa”, continuou.
“Desta forma, ele entra na vida política ativa, mais precisamente quando se dirige de bicicleta para um comício, é atropelado por um camião militar. Ele tinha 28 anos”, lembrou o papa.
O papa ressaltou que o beato Alberto Marvelli "nos mostra que ter esperança é participar, que servir ao Reino de Deus traz alegria mesmo em meio a grandes riscos. O mundo se torna melhor se abrirmos mão de um pouco de segurança e tranquilidade para escolher o bem. Isso é participar".
Ao concluir a sua catequese, o papa exortou a nos perguntarmos: "Estou participando de alguma boa iniciativa que mobilize meus talentos? Tenho a perspectiva e o fôlego do Reino de Deus quando realizo algum serviço? Ou o faço resmungando, reclamando que tudo está indo mal?".
“Um sorriso nos lábios é o sinal da graça em nós”, disse leão XIV, acrescentando que “ninguém salva o mundo sozinho. E nem mesmo Deus quer salvá-lo sozinho: Ele poderia, mas não quer, porque juntos é melhor".
"Participar nos permite expressar e internalizar mais profundamente aquilo que, em última análise, contemplaremos para sempre, quando Jesus finalmente retornar", concluiu.




