Os hospitais católicos dos EUA foram explicitamente proibidos de fazer cirurgias de redesignação sexual pela Conferência dos Bispos Católicos dos EUA.

“Redesignação sexual” é o nome do conjunto de procedimentos médicos usados por parte das pessoas que se identificam com o sexo oposto. Pode incluir a administração de hormônios que alteram características sexuais secundárias, como quantidade de pelos no corpo e tom de voz, e cirurgias cosméticas para imitar os órgãos sexuais do sexo com que a pessoa passa a se identificar.

Os bispos reunidos na assembleia plenária da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB, na sigla em inglês), em Baltimore, Maryland aprovaram na quarta-feira (12) determinar que os hospitais devem "preservar a integridade do corpo humano".

A USCCB disse que, embora profissionais de saúde católicos devam empregar “todos os recursos apropriados” para mitigar o sofrimento das pessoas que se identificam com o sexo oposto, eles podem usar “só os meios que respeitem a ordem fundamental do corpo humano”.

A nova regra mostra a política da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA sobre o que os membros da conferência episcopal disseram numa nota doutrinal de 2023, quando disseram que profissionais católicos não devem participar de procedimentos que “visem transformar as características sexuais de um corpo humano nas do sexo oposto”.

As diretrizes revisadas foram elogiadas pela Associação Católica de Saúde, que disse na última quarta-feira (12) que as regras “reafirmam a doutrina da Igreja sobre a dignidade de todas as pessoas e o direito à vida desde a concepção até a morte natural”.

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

As revisões “esclarecem e confirmam as práticas clínicas atuais” e “são consistentes com a prática de saúde católica, que não permite intervenções médicas que alterem as características sexuais na ausência de uma condição subjacente”, disse o grupo.

A organização disse que os profissionais de saúde católicos continuarão tratando aqueles que se identificam com o sexo oposto “com dignidade e respeito”.

Nas diretrizes, a USCCB disse que pode ser "moralmente permissível remover ou suprimir a função de uma parte do corpo em benefício do corpo como um todo", embora só em circunstâncias muito limitadas, como quando uma parte do corpo está doente.

Proibindo práticas médicas que “visam transformar as características sexuais de um corpo humano nas do sexo oposto”, os bispos citaram o documento Dignitas infinita, publicado no ano passado pela Santa Sé, que proíbe “todas as tentativas de obscurecer a referência à ineliminável diferença sexual entre o homem e a mulher”.

Uma análise da EWTN News no ano passado mostrou que cerca de 150 hospitais católicos nos EUA administraram drogas ou fizeram cirurgias de redesignação sexual em crianças entre 2019 e 2023.