3 de out de 2025 às 15:12
A Comissão de Assuntos Constitucionais do Senado da Itália aprovou lei que restabelece o dia 4 de outubro, festa de são Francisco de Assis, padroeiro da Itália, como feriado nacional. A medida havia sido aprovada em primeira leitura pela Câmara dos Deputados da Itália no mês passado, com apenas dois votos contrários.
Portanto, 4 de outubro será feriado a partir do ano que vem, depois de ter sido feriado até 1977.
“Acolho com alegria e satisfação”, disse a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni. “A notícia da aprovação final pelo Senado do projeto de lei parlamentar que reintroduz, depois de 50 anos, o dia 4 de outubro, dia em que celebramos são Francisco, padroeiro da Itália, como feriado nacional. O governo apoiou integralmente o processo do projeto de lei, que retomou e fez seu o apelo lançado há um ano por Davide Rondoni, poeta e presidente do Comitê Nacional para as Celebrações do VIII Centenário da Morte do Pobrezinho de Assis”.
“O apoio praticamente unânime ao projeto de lei é um sinal importante da unidade encontrada na política em torno de uma das figuras mais representativas e distintivas da identidade nacional”, disse Meloni. “Um santo amado por todo o povo italiano e com quem todos os italianos se identificam. O feriado nacional será uma oportunidade para celebrar um homem extraordinário e nos lembrar, a cada ano, quem somos e o que nos une profundamente".
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O arcebispo de Bolonha, Itália, cardeal Matteo Maria Zuppi, presidente da Conferência Episcopal Italiana, também divulgou um comentário depois da aprovação do Senado da Itália:
“Recebemos com alegria a notícia da aprovação da lei que restabelece o feriado nacional de São Francisco de Assis para 4 de outubro. Essa decisão oferece uma oportunidade para redescobrir a figura do santo padroeiro da Itália, que moldou profundamente o caráter do nosso país. Isso é ainda mais verdadeiro neste momento, dilacerado por divisões, crescentes tensões internacionais e uma dramática escalada da violência global. São Francisco, cujo objetivo principal era proclamar a paz, nos lembra que um mundo fraterno e desarmado é possível, onde todos têm seu próprio espaço, a começar pelos mais pobres e vulneráveis”.
“A sua vida e obra”, disse também o arcebispo de Bolonha, “podem inspirar o amor político e o amor pela criação, para que o bem comum prevaleça sobre a lógica especulativa e a lógica do mais forte, sobre os interesses partidários e a polarização”.
“Em virtude de sua fé”, disse o cardeal, “ele iniciou uma experiência religiosa que, por meio de seus descendentes, hoje com oito séculos de existência, contribuiu muito para melhorar a história da humanidade em nossa Itália e em todo o mundo. Celebrar o santo de Assis, portanto, significa acreditar que podemos dialogar com todos e que a paz começa quando consideramos os outros como irmãos e irmãs. Francisco de Assis ainda hoje nos encoraja a sermos cristãos autênticos no mundo”.




