O papa Leão XIV encerra hoje (22) seu período de descanso na vila papal de Castel Gandolfo, Itália, um palácio fortificado do século XVII às margens do lago Albano.

Leão XIV retomou a tradição de passar o verão em Castel Gandolfo abandonada pelo papa Francisco.

“Recuperamos o papel essencial que a Direção das Vilas Pontifícias desempenhou nos últimos cem anos: acompanhar os papas em seus períodos de descanso", disse Andrea Tamburelli, chefe da Direção das Vilas Pontifícias.

“Depois de anos dedicados principalmente à manutenção, voltamos a nos dedicar integralmente a servir o Santo Padre”, diz ele.

Foram cerca de duas semanas marcadas pela tranquilidade, pelo contato com a natureza e também por compromissos de trabalho. Por exemplo, o papa interrompeu seu descanso em 9 de julho para receber o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

Nessa e em outras ocasiões, para garantir que tudo corresse conforme o planejado, uma equipe interna altamente coordenada foi mobilizada, liderada por Tamburelli.

"Nossa principal missão era preparar adequadamente os espaços onde o papa recebia seus convidados, assim como acompanhá-los e acomodá-los", disse ele em entrevista publicada no site do Governatorato da Cidade do Vaticano.

A vila papal foi convertida em museu turístico em 2016 por ordem do papa Francisco.

A colaboração entre os diversos departamentos também teve a reforma dos espaços disponíveis para os funcionários que cuidam do papa: o quartel da Guarda Suíça, o quartel-general da Gendarmaria e as instalações da equipe médica.

"Graças a todos eles, nos sentimos mais protegidos e seguros nesses dias", disse o diretor.

“Todos fizeram o possível para oferecer ao papa Leão XIV um período de descanso tranquilo na villa Barberini”, disse Tamburelli.

De fato, a presença do papa mudou completamente a rotina diária em Castel Gandolfo.

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"O departamento mais envolvido foi, sem dúvida, o da floricultura, responsável por auxiliar os papas em suas estadias", diz o diretor.

Os serviços técnicos também trabalharam intensamente, atentos a qualquer necessidade hidráulica ou elétrica.

Outra menção especial vai para os jardineiros, "que com grande cuidado prepararam as áreas verdes, tornando-as acolhedoras para os passeios do Santo Padre".

Apesar do aumento da jornada de trabalho, "tudo foi feito com alegria e um sorriso, felizes pela tão esperada presença do papa em Castel Gandolfo".

A Direção das Vilas Pontifícias também assumiu a gestão das tarefas logísticas de outros eventos públicos, como a oração do Ângelus e o fornecimento de tudo o que era necessário para que o papa celebrasse a missa.

Adaptando Castel Gandolfo às necessidades do papa

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Leão XIV expressou seu desejo de se hospedar nos apartamentos da Villa Barberini, uma das residências papais no complexo das vilas pontifícias de Castel Gandolfo, que também precisava de uma reorganização operacional. O Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano agiu "de forma muito eficaz para tornar os apartamentos confortáveis e funcionais", diz Tamburelli.

“Demonstramos ser um corpo unido e bem coordenado, sob a firme liderança dos órgãos dirigentes”, conclui o diretor. “Houve momentos de atividade frenética, mas alcançamos plenamente nossos objetivos".