Um grupo de muçulmanos radicais ateou fogo à árvore de Natal da paróquia do Santíssimo Redentor, na Cisjordânia, território da Autoridade Palestina. O ato foi condenado por monsenhor Adolfo Tito Yllana, núncio apostólico em Israel e delegado apostólico em Jerusalém e na Palestina.

O ocorrido foi registrado pela paróquia em suas contas no Instagram e no Facebook.

"Esse é um ato que deve ser condenado, porque não ajuda em nada e não é a primeira vez", disse o núncio sobre o ataque ocorrido na madrugada da última segunda-feira (22), na cidade de Jenin.

O Vatican News, serviço oficial de informações da Santa Sé, disse que o incidente foi condenado pela comunidade cristã. A publicação da Santa Sé disse que o vigário-geral do patriarcado, William Shomali, tinha uma visita agendada para a tarde de ontem (23) para inaugurar uma nova árvore de Natal, junto com autoridades locais.

Numa visita a Ramallah, Yllana disse que esse aso “não promove a coexistência”.

“Aqueles que cometem esses atos — e não me refiro a comunidades, mas a indivíduos — não ajudam”, diz o núncio.

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“Sabemos como os cristãos são tratados; vemos isso todos os dias. Sabemos como suas atividades são restringidas. Mas não percamos a esperança. A árvore serve para anunciar que este é o nosso dia de festa e que queremos celebrá-lo. Não podemos parar; não podemos esquecer que finalmente podemos expressar a nossa fé, que acolhe a todos. Nestes dois anos, não perdemos a esperança”, disse ele, referindo-se à guerra em Gaza, cujas consequências também foram sentidas na Cisjordânia.

O núncio apostólico disse a todos que “a esperança não é só uma palavra; é vida e respiração, todos os dias. Porque não desistimos”. Nesse espírito, ele encorajou os fiéis a acolherem o Menino Jesus para que possam ser “transformados”.

"Eles devem acolher isso para que todos, perto e longe, possam ver como nós, cristãos, somos preenchidos com a glória e a alegria que o dom do amor do Pai nos traz", disse ele.

Yllana também exortou a seguir o apelo do papa Leão XIV para trabalhar por uma paz "desarmada e desarmante”, dando "espaço à reconciliação, mesmo com aqueles que não nos tratam bem, porque são nossos irmãos, filhos do mesmo Pai".

Numa publicação na página da paróquia no Facebook, o padre Amer Jubran condenou o ataque, dizendo que esse "incidente isolado" não representa a cultura palestina e cristã.

Assim, ele encorajou a população a continuar sendo um "modelo vivo de fraternidade, amor e convivência", incutindo os valores do respeito mútuo.