4 de dez de 2025 às 11:50
Uma Sagrada Família sem rosto, para favorecer a "inclusão", integra o presépio deste ano na Grand Place de Bruxelas, o coração da cidade e das celebrações natalinas na Bélgica.
As figuras de são José e de Nossa senhora têm rostos criados a partir de retalhos de tecido que parecem pixelizados.
A criadora do presépio, a designer de interiores Victoria-Maria Geyer, disse que a ausência de rostos "busca deixar espaço para a imaginação do público, enquanto a escolha do tecido homenageia a história têxtil belga". A intenção é que qualquer pessoa possa "se identificar com a narrativa bíblica", disse Geyer.
Este presépio "contemporâneo" — intitulado "Os Tecidos de Belém" — substitui o tradicional que enfeitava a praça há anos. Philip Close, prefeito de Bruxelas, informou que o antigo precisava ser substituído por não estar em boas condições. "Optamos por manter o símbolo cristão, mas em uma versão renovada", disse ele na apresentação do novo presépio.
O presépio deste ano ficará na cidade pelos próximos cinco anos e custou 65 mil euros. Embora muitas pessoas tenham manifestado sua oposição, principalmente nas redes sociais, o presépio recebeu apoio de parte da Igreja do país.
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O arcebispo da cidade, Luc Terlinden, não comentou o assunto, mas o padre Benoît Lobet, decano da unidade pastoral de Bruxelas centro, que participou da seleção do presépio, manifestou a sua aprovação.
O padre disse que as figuras "evocam a precariedade associada à história do nascimento de Cristo e a tornam acessível a todos", segundo relatos da imprensa local.
“Reivindicar o cristianismo”
Na Espanha, o Partido Popular Espanhol no Parlamento Europeu, que, pelo terceiro ano consecutivo, levará ao Parlamento Europeu um presépio tradicional com figuras feitas numa oficina em Múrcia, Espanha.
“Não há nada mais natural do que reivindicar o cristianismo, especialmente no Natal, porque não podemos conceber a Europa sem reconhecer as suas raízes cristãs. A cultura, a arte e a identidade europeias estão profundamente ligadas a essas raízes, e exibir um presépio no Natal é uma forma de recordar que celebramos o nascimento do Menino Jesus e a origem do cristianismo”, disse a eurodeputada Isabel Benjumea.




