3 de dez de 2025 às 16:13
A faculdade de medicina da Universidade do Colorado pagará um acordo milionário por ter exigido que vários funcionários, incluindo um médico católico, tomassem a vacina contra a covid-19.
A Thomas More Society disse que a Faculdade de Medicina Anschutz da universidade “concordou em pagar mais de US$ 10,3 milhões em indenizações, mensalidades e honorários advocatícios” a 18 demandantes no processo.
O grupo jurídico disse em um comunicado divulgado na segunda-feira (1º) que os demandantes tiveram “negadas isenções religiosas para a vacinação obrigatória contra a covid-19”. O processo está em andamento há quase cinco anos.
O Tribunal de Apelações dos EUA para o 10º Circuito decidiu em 2024 que a universidade violou os direitos “claramente estabelecidos” da Primeira Emenda dos demandantes ao se recusar a conceder isenções religiosas para a vacina contra a covid. Os objetores religiosos citaram inúmeras preocupações com as vacinas, incluindo o fato de elas terem sido desenvolvidas usando linhagens celulares fetais.
O advogado da Thomas More Society, Michael McHale, disse que os demandantes no caso “se sentiram forçados a ceder a uma imposição manifestamente irracional”, sem qualquer isenção para suas sinceras crenças religiosas.
“Estamos confiantes de que a vitória há muito esperada de nossos clientes confirma, apesar dos esforços tirânicos de muitos, que nosso direito constitucional comum à liberdade religiosa perdura”, disse ele.
A ação judicial foi movida inicialmente em nome de um médico católico e de um estudante de medicina budista, depois vários outros demandantes se juntaram ao processo.
Peter Breen, responsável pelo departamento jurídico da Thomas More Society, disse que os opositores “se levantaram, com grande custo pessoal, contra uma injustiça que nunca deveria ter sido infligida a eles — nem a qualquer outro americano”.
“Por terem tido a coragem de dizer ‘não’ quando suas liberdades religiosas foram pisoteadas, as pessoas de fé em todo o país agora desfrutam de proteções mais fortes”, disse ele.
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Madison Gould, um dos demandantes no caso, disse no comunicado de imprensa do grupo jurídico que a política da universidade “destruiu os anos de estudo e sacrifício pessoal dedicados por tantos na busca de servir os mais vulneráveis entre nós”.
Gould expressou sua gratidão aos advogados da Thomas More Society “por nos apoiarem quando ninguém mais o fez”.
“Que nossa nação jamais testemunho novamente uma tragédia como essa”, disse ela.
Nos últimos anos, os objetores religiosos obtiveram várias vitórias importantes contra instituições que exigiam que eles se submetessem à vacinação contra a covid, apresentando uma isenção religiosa.
Em 2022, o NorthShore University HealthSystem concordou em pagar US$ 10,3 milhões a mais de 500 trabalhadores depois que o sistema de saúde negou a eles isenções religiosas para a vacina.
Em 2024, uma mulher católica em Michigan ganhou US$ 12,7 milhões depois que a Blue Cross Blue Shield of Michigan a demitiu por se recusar a conceder-lhe uma isenção religiosa.
E, em julho deste ano, um tribunal federal de apelações reativou o processo de uma funcionária católica contra o Federal Reserve Bank de Nova York por ter sido demitida por se recusar a tomar a vacina contra a covid.




