O padre italiano Angelo Angioni (1915-2008), missionário em São José do Rio Preto (SP), foi declarado venerável hoje (24) pelo papa Leão XIV. O papa também autorizou decretos reconhecendo 11 novos mártires e mais três veneráveis para a Igreja.

Na audiência de hoje com o cardeal Marcello Semeraro, prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, o papa aprovou o decreto do padre Angelo Angioni, que se torna venerável. Agora, precisa do reconhecimento de um milagre para a beatificação e outro para a canonização.

Nascido na Sardenha, Itália, em 14 de janeiro de 1915, o padre Angelo foi ordenado sacerdote em 1938 e foi enviado à Paróquia de São João Batista, em José Bonifácio (SP), diocese de São José do Rio Preto (SP) como sacerdote fidei donum em 1950. Os missionários Fidei Donum são padres diocesanos que exercem o ministério por um determinado tempo em dioceses mais necessitadas do mundo.

Ele incentivou a criação de uma escola paroquial e lançou o Instituto Missionário do Imaculado Coração de Maria, composto por padres, diáconos, religiosas contemplativas e leigos.

Ele também foi o primeiro responsável do Movimento Sacerdotal Mariano (MSM) no Brasil. O MSM é uma associação privada de fiéis católicos fundada em 8 de maio de 1972 pelo padre Stefano Gobbi. Tem como missão promover a devoção à Santíssima Virgem Maria. Presente em todo o mundo, o MSM conta com milhões de membros.

O padre Angelo teve dois derrames em 2000 e 2004, ficando gravemente debilitado. Ele morreu em 15 de setembro de 2008. O funeral dele contou com grande participação popular e foi sepultado na igreja de São João Batista, em José Bonifácio.

Os novos beatos: 11 padres mártires do nazismo e do comunismo

O papa Leão XIV também aprovou os decretos que reconhecem o martírio de 11sacerdotes mortos "por ódio à fé" durante os regimes nazista e comunista.

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Os servos de Deus poloneses Jan Świerc, Ignacy Antonowicz, Ignacy Dobiasz, Karol Golda, Franciszek Harazim, Ludwik Mroczek, Włodzmierz Szembek, Kazimierz Wojciechowski e Franciszek Miśka foram mortos nos campos de concentração de Auschwitz, Polônia, e Dachau, Alemanha, entre 1941 e 1942.

Vítimas do regime nazista depois da ocupação alemã da Polônia em 1939, os nove padres religiosos, que pertenciam à Sociedade Salesiana de São João Bosco, foram torturados e executados por serem clérigos católicos.

Os outros mártires aprovados pelo papa Leão para a beatificação são os servos de Deus Jan Bula e Václav Drbola, padres diocesanos da antiga Tchecoslováquia que foram executados entre 1951 e 1952 depois da tomada do poder pelo comunismo em 1948.

Os quatro novos veneráveis

Além do padre Angelo Angioni, o papa Leão XIV também aprovou decretos declarando mais três servos de Deus "veneráveis" pela Igreja em reconhecimento às suas "virtudes heroicas".

O servo de Deus espanhol José Merino Andrés, OP, nascido em 1905 em Madri, era conhecido por seu zelo missionário e pastoral e por sua fidelidade ao carisma dominicano. Ele formou aproximadamente 700 padres em Palência, Espanha, como mestre de noviços da Ordem dos Pregadores antes de sua morte em 6 de dezembro de 1968

O servo de Deus Gioacchino della Regina della Pace, OCD. Antes de entrar para os Carmelitas Descalços, ele foi custódio do santuário da Rainha da Paz na Ligúria, Itália. Foi terciário carmelita por dez anos antes de fazer sua profissão solene na ordem em 1967. Morreu aos 95 anos em 25 de agosto de 1985.

A serva de Deus María Evangelista Quintero Malfaz, OCista, entrou para a ordem cisterciense como freira na Espanha no início do século XVII, com reputação de mística. Por meio da vida monástica e da oração intensa, ela ofereceu sua vida pela conversão dos pecadores e era venerada por suas irmãs religiosas que a procuravam. Ela morreu na Espanha em 1648.