22 de jul de 2025 às 15:09
Uma resolução conjunta apresentada na semana passada pelo deputado Riley Moore, republicano da Virgínia Ocidental, EUA, e pelo senador Josh Hawley, republicano do Missouri, condena a perseguição de cristãos em países de maioria muçulmana em todo o mundo.
Apresentada em 17 de julho, a resolução foi feita depois de um discurso de Moore em abril no plenário da Câmara dos Deputados dos EUA, no qual ele abordou a "violência desenfreada e o martírio" sofridos por cristãos no mundo todo por "proclamarem sua fé em Jesus Cristo".
“Em todo o mundo, nossos irmãos e irmãs em Cristo enfrentam perseguição desenfreada simplesmente por reconhecerem o Nome de Jesus”, disse o deputado. “Isso é inaceitável”.
A medida pede que o governo Trump use ferramentas diplomáticas, como negociações comerciais e de segurança, para defender a liberdade religiosa.
A resolução cita dados da Lista Mundial de Perseguição de 2025 da Portas Abertas, que estima que cerca de 380 milhões de cristãos em todo o mundo enfrentam perseguição e discriminação como assassinatos seletivos, fechamentos de igrejas, conversões forçadas, negação de direitos de culto, sequestros e deslocamentos em países de maioria muçulmana, como Egito, Nigéria, Irã, Paquistão e Síria, entre outros.
Na Nigéria, mais cristãos são mortos a cada ano do que em todos os outros países juntos, segundo a organização de defesa legal cristã ADF Internacional. Terroristas islâmicos mataram cerca de 200 cristãos num ataque no Estado de Benue, na Nigéria, em junho.
“Só na Nigéria, cerca de 50 mil cristãos foram martirizados e cerca de 5 milhões foram deslocados simplesmente por professarem sua fé”, disse Moore. “Numa Divina Liturgia em Damasco no mês passado, um islamista abriu fogo contra fiéis e detonou um artefato explosivo — matando pelo menos 30 pessoas e ferindo dezenas. Esses exemplos ilustram a violência e a morte que os cristãos enfrentam diariamente”.
“Ninguém, independentemente da sua origem religiosa, deve enfrentar perseguição por sua fé”, disse Kelsey Zorzi, diretora de liberdade religiosa global da ADF Internacional, organização de defesa jurídica da liberdade religiosa que apoia a resolução. “Ainda assim, a cada ano, os cristãos continuam sendo o grupo religioso mais perseguido em todo o mundo, especialmente em muitos países de maioria muçulmana”.
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“Aplaudimos a resolução por reconhecer essa grave realidade e instar os EUA a agirem”, disse também Zorzi. “Quando cristãos estão sendo mortos, silenciados ou levados à clandestinidade, não podemos ignorar”.
Moore também criticou a política externa americana anterior. Ele citou a violência de motivação religiosa no Iraque depois do fracasso dos EUA em estabilizar o país depois da invasão de 2003.
"Infelizmente, décadas de erros da política externa americana exacerbaram essa crise", disse Moore.
Em seguida, ele pediu ação, dizendo também: “Nós, como legisladores, não podemos continuar de braços cruzados. Peço aos meus colegas que se unam a mim na condenação da perseguição aos cristãos em todo o mundo”.
Hawley, que apresentou a mesma resolução no Senado dos EUA, ecoou o apelo de Moore, enfatizando a importância fundamental da liberdade religiosa.
“Nosso país foi fundado com base na liberdade religiosa”, disse Hawley, incentivando colegas a se unirem a ele na condenação da perseguição aos cristãos em todo o mundo. “Não podemos ficar de braços cruzados enquanto cristãos em todo o mundo são perseguidos por declararem Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador”.
A resolução recebeu apoio de vários legisladores, tendo como copatrocinadores originais os deputados Greg Steube, Michael Guest, Glenn Grothman, Addison McDowell, Brandon Gill, Pat Harrigan e Anna Paulina Luna.
Ela também é apoiada por organizações importantes, como Heritage Action for America, Ethics and Religious Liberty Commission, In Defense of Christians, Global Christian Relief, CatholicVote, Advancing American Freedom, Center for Urban Renewal and Education (CURE), Family Policy Alliance, Christians Engaged e Save the Persecuted Christians.




