18 de jul de 2025 às 11:48
A arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ) fará amanhã (19) a abertura do Ano Jubilar Arquidiocesano pelos 450 anos de criação da prelazia e os 350 anos da diocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. O período jubilar se estenderá até o dia 16 de novembro de 2026.
A abertura do ano jubilar começará com as laudes com o clero e seminaristas, às 7h, na igreja Nossa Senhora do Bonsucesso. Às 7h30, haverá a concentração dos leigos na Praça do Expedicionário (ao lado do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro – TJRJ). De lá, sairão em peregrinação até a catedral metropolitana de São Sebastião, onde, às 9h, o arcebispo do Rio, cardeal Orani Tempesta, vai celebrar a missa.
Em seus 450 anos de história, “a Igreja particular de São Sebastião do Rio de Janeiro possui um legado eclesial histórico que se relaciona intimamente não só com a história da cidade do Rio de Janeiro mas também com a história do Brasil, pois, em razão da extensão territorial que possuiu e da atuação pastoral que exerceu ao longo dos séculos, a Igreja no Rio de Janeiro originou uma gama de paróquias e dioceses históricas que estão na gênese da solicitude pastoral da Igreja para com o que hoje compõe as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul brasileiras”, conta o histórico publicado no site oficial da arquidiocese.
A prelazia de São Sebastião do Rio de Janeiro foi criada pelo papa Gregório XIII, em 19 de julho de 1575, dez anos depois da fundação da cidade. Estava sob a jurisdição eclesial da diocese de São Salvador da Bahia. Seu território se estendia “desde a então Capitania de Porto Seguro, no sul do atual Estado da Bahia, até aos limites das possessões portuguesas ao sul, na costa do atual Estado de Santa Catarina”.
Em 16 de novembro de 1676, a prelazia foi elevada a diocese pelo papa Inocêncio XI. “Mantendo o território canônico de então até 1745, coube por exemplo à diocese fluminense a elevação de paróquias para acompanhar com solicitude pastoral a explosão demográfica mineradora que originou as povoações das Minas Gerais, de Goiás e do Mato Grosso na primeira metade do século XVIII”, diz o histórico da arquidiocese.
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
Em 1745, a diocese do Rio cedeu territórios ara a criação das dioceses de São Paulo, Mariana e as prelazias de Goiás e Cuiabá, “o que equivaleria atualmente a boa parte da região Sudeste e a toda a região Centro-Oeste aproximadamente”.
Com o Tratado de Madri, em 1750, e a anexação ao território brasileiro do que hoje são os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, esses passaram a integrar a diocese do Rio de Janeiro, que manteve seu território descontínuo até o final do século XIX. Em 1848 e 1854, foram crianças as dioceses de Rio Grande do Sul e de Diamantina, com territórios cedidos pela diocese do Rio.
Em 27 de abril de 1892, a diocese do Rio de Janeiro foi transformada em arquidiocese pelo papa Leão XIII, tornando-se sede metropolita da chamada Província Eclesiástica Meridional do Brasil. A partir de então, o território arquidiocesano se restringiu aos limites da cidade do Rio de Janeiro, como é até hoje.
Ao longo de sua história desde a criação da prelazia até se tornar arquidiocese, essa circunscrição eclesiástica teve oito prelados administradores, 11 bispos diocesanos e sete arcebispos, dos quais apenas o primeiro não foi cardeal.




