O papa Francisco pediu ontem (23) a abolição do tráfico de pessoas, “um dos mais terríveis flagelos do nosso tempo” que desrespeita e desconsidera a dignidade humana e proporciona “grandes lucros a pessoas sem escrúpulos morais”.

O papa denunciou a prática em mensagem aos participantes da assembleia geral da rede Talitha Kum, organização formada por sobreviventes empenhados na luta contra o tráfico de pessoas.

O papa disse que o tráfico é um mal “sistêmico” e como tal “podemos e devemos eliminá-lo através de uma abordagem sistemática e multinível”.

“O tráfico é reforçado por guerras e conflitos, se beneficia dos efeitos das mudanças climáticas e das disparidades socioeconômicas, e aproveita a vulnerabilidade das pessoas forçadas a migrar ou as condições de desigualdade em que se encontram, especialmente mulheres e garotas”, disse Francisco.

O papa sublinhou que o tráfico é “um ‘negócio’ que desrespeita e desconsidera a dignidade humana, proporcionando grandes lucros a pessoas sem escrúpulos morais”.

“O tráfico está em constante evolução e sempre encontra novas formas de se desenvolver, como aconteceu durante a pandemia”, disse Francisco.

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No entanto, o papa exortou os participantes a “não desanimarem” porque “com o poder do Espírito de Jesus Cristo e a dedicação de tantos, podemos conseguir eliminá-lo”.

Para conseguir isso, o papa Francisco destacou a importância de seguir os passos dados pela rede Talitha Kum: “Apoiar as vítimas, ouvi-las, ajudá-las a recuperarem-se e, juntos, agirem contra o tráfico”.

“Para sermos verdadeiramente eficazes contra esse odioso fenômeno criminoso, precisamos ser uma comunidade”, disse o papa.

O papa também disse que essa não é uma tarefa fácil, mas que pode ser realizada, e agradeceu à organização pelo seu trabalho que se tornou “um ponto de referência para as vítimas, suas famílias, as pessoas em risco e as comunidades mais vulneráveis”.

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Ao concluir, o papa Francisco encorajou os membros da Talitha Kum a “continuar nesse caminho, promovendo a prevenção e os cuidados, e tecendo muitas relações valiosas que são indispensáveis ​​para combater e derrotar o tráfico”.