Mais de mil pessoas participaram da Caminhada pela Vida, em Lisboa, Portugal, no sábado (6). A iniciativa foi promovida pela Federação Portuguesa pela Vida. Entre os participantes, havia um grande número de jovens.

“É para nós um sinal claro de que há uma geração cada vez mais alerta para a urgência de defender a vida”, disse à Rádio Renascença o responsável da Federação, José Maria Seabra Duque.

Para Duque, “a geração jovem, ao contrário do que dizem, não está adormecida e não está desinteressada, talvez não esteja interessada nos temas que os políticos acham que lhes interessam. E um dos temas que os move com muita clareza, como vimos hoje, é a defesa da vida”.

Os participantes da caminhada seguiram até a Assembleia da República, com faixas contra o aborto, a eutanásia e em defesa da vida e entoando cânticos e palavras de ordem. Os manifestantes falaram sobre a possibilidade de revogar a lei da eutanásia e debater o tema do aborto, além de questões relacionadas à ideologia de gênero.

A lei da eutanásia foi promulgada pelo presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, em 16 de maio de 2023, depois de ser confirmada pelo parlamento quatro dias antes. Atualmente, aguarda regulamentação.

O aborto é legalizado em Portugal até a décima semana de gestação, desde 2007, quando um referendo com 56,39% de abstenção teve como resultado 59,25% de votos favoráveis à legalização do aborto e 40,75% contra.

“Tornou-se urgente criar apoios para as Mulheres grávidas em dificuldade e também dar condições às famílias para educar os seus filhos, (…) sem doutrinação das crianças. É preciso medidas claras de apoio à liberdade de consciência dos médicos e, sobretudo, [temos] de diminuir os prazos do aborto”, disse Seabra Duque à Renascença.

Além de Lisboa, a Caminhada pela Vida aconteceu em outras onze cidades portuguesas: Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Funchal, Guarda, Lamego, Porto e Viseu.

Em nota publicada em suas redes sociais depois da caminhada, a Federação Portuguesa pela Vida disse que “milhares de portugueses” participaram da caminhada nas diferentes cidades, entre os quis “católicos, evangélicos e ortodoxos, deputados da República, professores universitários, empresários, médicos, juristas, jovens de todo o país, enfim, as forças vivas e dinâmicas da sociedade portuguesa”.