O cardeal Víctor Manuel “Tucho” Fernández, prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé da Santa Sé, disse que comprou e destruiu exemplares de seu livro A Paixão Mística: Espiritualidade e Sensualidade, publicado no México em 1998 e que reapareceu em janeiro deste ano.

Uma nota publicada na segunda-feira (5) pelo jornal católico americano Our Sunday Visitor sobre o texto, diz que três dias antes o cardeal Fernández havia respondido a um e-mail dizendo que concordava “que pelos padrões de hoje é um livro inconveniente”.

“Na verdade, eu próprio percebi isso há 25 anos, poucos meses depois da sua publicação e ordenei a sua retirada porque me parecia que não tinha a utilidade que eu imaginava e que pessoas muito jovens ou muito idosas poderiam ficar confusas”, disse o cardeal Fernández.

“Além disso, comprei os poucos exemplares que estavam disponíveis em algumas livrarias e os destruí”, disse o cardeal argentino.

“É por isso que lamento que setores ultraconservadores que não me aceitam tenham utilizado este livro e tentem divulgá-lo amplamente. É totalmente contrário à minha vontade e não se faz nenhum bem com isso. Hoje eu escreveria algo bem diferente”, disse.

O que diz o livro A Paixão Mística do cardeal Fernández?

A Paixão Mística. Espiritualidade e sensualidade tem nove capítulos: “O fogo do amor divino”, “Um poço de paixão sublime”, “Uma louca história de amor”, “A paixão mística”, “Até o fim”, “Formosa minha, venha”, “Orgasmo masculino e feminino”, “O caminho para o orgasmo” e “Deus no orgasmo do casal”.

Em declarações à Infovaticana em 8 de janeiro, o cardeal Fernández distanciou-se do seu texto e descreveu-o como “um livro de juventude que certamente não escreveria agora”.

Na época da publicação de A Paixão Mística. Espiritualidade e sensualidade Fernández tinha 35 anos, 12 deles como sacerdote.