O grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS) reivindicou a responsabilidade pelo ataque a uma igreja católica em Istambul durante a missa do domingo (28) que deixou um homem morto.

Dois suspeitos foram presos depois do tiroteio em 28 de janeiro na igreja de santa Maria, no bairro de Büyükdere, no norte de Istambul.

Na noite de domingo, o ministro do Interior da Turquia, Ali Yerlikaya informou que a polícia realizou uma operação em 30 locais em Istambul em resposta ao recente ataque. Durante essas operações, foram realizadas prisões relacionadas ao incidente.

"Ambos os suspeitos são estrangeiros. Um deles é do Tajiquistão e o outro é russo, e nós os avaliamos como pertencentes ao Estado Islâmico", declarou Yerlikaya, segundo a agência de notícias Reuters.

O ministro, por meio de uma postagem no site de rede social X, revelou a identidade da vítima: Tuncer Cihan, de 52 anos.

A Conferência Episcopal Turca pediu orações pela vítima e sua família em uma declaração emitida em 28 de janeiro e "condenou fortemente esse ato de violência contra a humanidade".

"Confiamos que as forças de segurança do Estado turco encontrarão os responsáveis e que será feita justiça. Exigimos fortemente que a verdade seja revelada e que se garanta maior segurança as nossas comunidades e igrejas", afirma a declaração assinada pelo arcebispo de Izmir, Martin Kmetec.

Os bispos turcos também pediram aos cidadãos que "não espalhem a cultura do ódio e a discriminação religiosa".

O ataque ocorreu às 11h40 (horário local) enquanto a missa estava sendo celebrada na igreja. Imagens de vídeo do ataque obtidas pela EWTN News mostraram dois assaltantes mascarados vestidos de preto seguindo um homem de cabelos brancos para dentro da igreja e atirando em sua nuca enquanto os fiéis se escondiam sob os bancos.

O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque e o informou por meio de seu meio de comunicação oficial, Aamaq, segundo informa a agência de notícias Associated Press (AP).

Horas depois do ataque, o vigário apostólico de Istambul, dom Massimiliano Palinuro, disse à EWTN News que o homem foi morto "durante a consagração enquanto toda a assembleia estava rezando".

"Estamos preocupados com o futuro porque se isto for um sinal de intolerância religiosa, para a nossa comunidade pode ser um sinal ruim. Oremos", acrescentou dom Palinuro.

Há cerca de 25 mil católicos romanos que moram na Turquia, incluindo imigrantes da África e das Filipinas, segundo um relatório de 2022 do Departamento de Estado dos EUA.

No início deste mês, a AP informou que 70 suspeitos ligados ao Estado Islâmico foram presos em incursões na Turquia.

Em resposta a notícia da prisão de dois suspeitos afiliados ao Estado Islâmico, o arcebispo Palinuro declarou a EWTN News em 29 de janeiro: "Confiamos na justiça de Deus".