O governador da Flórida, Ron DeSantis, anunciou ontem (21) a suspensão de sua campanha presidencial quase uma semana depois que o candidato Republicano terminou em um distante segundo lugar nas prévias de Iowa.

DeSantis obteve cerca de 20% dos votos nas primárias em Iowa em 15 de janeiro, ficando bem atrás dos 51% do ex-presidente Donald Trump. Na tarde de ontem (21), ele disse em um vídeo publicado na rede social X que estava “suspendendo [sua] campanha”.

“Depois de nosso segundo lugar em Iowa, oramos e deliberamos sobre o caminho a seguir”, disse DeSantis. “Se houvesse algo que eu pudesse fazer para produzir um resultado favorável – mais interrupções na campanha, mais entrevistas – eu faria”.

“Mas não posso pedir aos nossos apoiadores que ofereçam o seu tempo e doem os seus recursos se não tivermos um caminho claro para a vitória”, disse.

No anúncio, DeSantis apoiou a candidatura de Trump à presidência. "Está claro para mim que a maioria dos eleitores republicanos nas primárias quer dar outra chance a Donald Trump”, disse.

“Assinei um compromisso de apoiar o candidato Republicano e honrarei esse compromisso”, disse.

“Enquanto esta campanha termina, a missão continua”, acrescentou o governador. “Aqui na Flórida continuaremos a mostrar ao país como liderar.”

DeSantis, católico, passou grande parte de seu tempo em campanha divulgando seu histórico como governador da Flórida. Em agosto do ano passado, no primeiro debate Republicano nas primárias, ele se vangloriou de ter obtido uma vitória "esmagadora" na reeleição depois de ter apoiado e assinado um projeto de lei pró-vida de "batimento cardíaco" na Flórida.

“Você tem que fazer o que acha certo”, disse DeSantis na época. “Acredito numa cultura da vida. Fiquei orgulhoso de assinar a lei do batimento cardíaco.”

No início deste mês, em entrevista com a presidente e executiva-chefe da EWTN News, Montse Alvarado, DeSantis novamente defendeu as próprias crenças enquanto ocupa um cargo público.

“Por que você está no cargo?”, disse a Alvarado. “Você está no cargo para ir no embalo e fazer concessões para tentar se encaixar, ou está no cargo para ser capaz de defender coisas em que acredita?”