O presidente da Fundação para a Liberdade da Nicarágua e ex-candidato presidencial, Félix Maradiaga, pediu ao Parlamento britânico ajuda para libertar os presos políticos da Nicarágua, entre eles o bispo de Matagalpa, dom Rolando Álvarez.

Em visita ao Reino Unido, Maradiaga foi recebido por membros da bancada liberal da Câmara dos Lordes, como Jeremy Purvis e John Thomas Alderdice, a quem falou da “situação dos presos políticos na Nicarágua e discutiu a necessidade de impor sanções mais severas contra aqueles que cometem crimes contra a humanidade e atos de corrupção”.

O ex-candidato à Presidência disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que durante a sua visita ao parlamento britânico pediu por todos os presos políticos da Nicarágua.

Um dos temas discutidos foi a proposta de criação de um gabinete especial do governo britânico para cuidar dos presos políticos em todo o mundo, bem como a importância de as democracias colaborarem entre si para enfrentar ditaduras como a Nicarágua, “Rússia, China e Irã”.

Maradiaga concluiu “reafirmando o compromisso de trabalhar incansavelmente até alcançarmos a liberdade e a justiça que o povo nicaraguense merece”.

O que aconteceu com dom Álvarez?

Desde 4 de agosto de 2022, dom Rolando Álvarez, bispo de Matagalpa e administrador apostólico de Estelí, foi impedido de sair de casa pelas autoridades nicaraguenses. Duas semanas depois, a polícia invadiu a sua casa e levou-o para Manágua, onde foi mantido em prisão domiciliar.

Em 10 de fevereiro de 2023, dom Álvarez foi condenado a 26 anos e quatro meses de prisão, por “traição à pátria”. Um dia antes, ele havia se recusado a fazer parte dos 222 ex-presos políticos que foram privados da nacionalidade nicaraguense e deportados para os EUA.

Em julho, Álvarez deixou temporariamente a prisão "La Modelo", onde cumpre a pena, embora tenha ficado sob custódia policial. As negociações para a sua libertação fracassaram e ele foi voltou para a prisão.