A Fundação para a Educação e Defesa da Marcha pela Vida nos EUA divulgou o tema da March for Life de 19 de janeiro de 2024, que destaca a necessidade de cuidar tanto da mãe quanto do feto: "Com cada mulher, por cada criança".

Jeanne Mancini, presidente da March for Life, anunciou o tema na tarde de terça-feira na fundação Heritage. Ela estava acompanhada por um painel de três convidados pró-vida para discutir formas pelas quais o movimento pode cuidar de mulheres grávidas, mães e crianças em conjunto.

“Não dizemos que é fácil, mas afirmamos que escolher a vida é a coisa certa a fazer e defendemos que escolher a vida empodera e que o amor salva vidas”, disse Mancini.

Segundo Mancini, há uma “falsa narrativa em torno do aborto” que sugere que ele “empodera e é necessário”. “Esta mensagem baseada no medo tenta convencer as mulheres que enfrentam uma gravidez inesperada de que estão sozinhas, que são incapazes, que não estão preparadas para a maternidade”, denunciou.

Mancini disse que “as mulheres merecem conhecer todas as suas opções”, incluindo “o amor, a compaixão e os recursos gratuitos disponíveis através da extensa rede de segurança pró-vida”. O movimento pró-vida, acrescentou ela, apoia as mulheres “antes, durante e depois da gravidez”.

Falando sobre as ajudas disponíveis para mulheres grávidas, Mancini estava acompanhada por Jean Marie Davis, diretora executiva do Centro de Recursos para a Gravidez Branches em Brattleboro, Vermont; pelo doutor John Bruchalski, fundador da organização pró-vida Divine Mercy Care; e por Whitney Lipscomb, procuradora-geral adjunta do Mississippi.

“Não somos só um centro de gravidez. Isso é só um oitavo do que fazemos. Também ajudamos as mulheres”, disse Davis.

Ela contou a sua experiência pessoal como vítima de tráfico de pessoas dos 2 aos 29 anos e sua decisão de escolher a vida após engravidar. Ela escolheu ficar com o filho depois de visitar um centro de recursos para gravidez local “quando me permitiram ouvir os batimentos cardíacos”.

Branches administra vários programas, que incluem esforços para ajudar mulheres vítimas de tráfico de pessoas, ajudar mulheres que sofrem violência doméstica e ajudar homens que serão pais. “Escolher é realmente dar-lhes a capacidade de tomar uma decisão”, disse Davis.

Bruchalski, um ex-abortista que se tornou obstetra e ginecologista pró-vida e presta cuidados de saúde para mulheres na Virgínia do Norte, contou que sempre “se preocupa com dois pacientes: a mulher e seu filho ainda não nascido”. Ele disse que sua prática médica trabalha em estreita colaboração com centros de recursos para gravidez e outros membros do movimento pró-vida.

“A medicina trata de saúde, esperança e misericórdia para cada mulher e por cada criança. Não é violenta, não é maliciosa, não divide. É um cuidado de saúde integrador e afirmativo da vida… A medicina como misericórdia verdadeiramente empodera”, acrescentou Bruchalski.

Além de contar sobre o seu trabalho pessoal, Whitney Lipscomb falou sobre os esforços liderados pelo estado no Mississippi para ajudar mulheres grávidas, mães e crianças depois que o estado proibiu a maioria dos abortos. O programa de Acesso Materno de Mississippi conecta mulheres com recursos para serviços de adoção, ajuda durante a gravidez, assistência financeira, cuidado infantil, emprego e outras formas de ajuda para a gravidez.

“Sabemos que muitas mulheres que procuram fazer um aborto escolheriam o contrário [se tivessem] recursos e apoio”, disse Lipscomb.

O anúncio surge uma semana depois de os eleitores do Ohio terem aprovado, num referendo, uma nova emenda à Constituição do estado, criando um suposto direito à “liberdade reprodutiva”, que inclui o “aborto”. Numa dúzia de estados, estão em curso esforços para colocar em votação referendos relacionados com o aborto para as eleições de 2024.

Mancini disse à CNA, agência em inglês da EWTN News, do grupo de comunicação católico EWTN, ao qual pertence a ACI Digital, que o resultado do referendo foi “realmente decepcionante”, mas que March for Life está trabalhando para expandir sua iniciativa de marchas estaduais a todos os 50 estados à medida que as batalhas pelo aborto aumentam. Acrescentou que espera fazer marchas na maioria dos estados que poderiam considerar referendos relacionados ao aborto em 2024.

A March for Life de 2024 será a 51ª marcha anual em Washington D.C., que acontece todos os anos desde o aniversário de um ano da agora extinta decisão da Suprema Corte dos EUA no caso Roe x Wade, que em 1973 e durante quase meio século impôs o aborto em todos os estados do país.