Reverendos padres, vos digo como pai e pastor, não deem a comunhão a quem apoia o aborto! Não deem! São cúmplices de assassinato. Ó Maria, pelas dores que sofrestes na morte de Jesus, tende piedade do povo brasileiro que padece e sofre”, enfatizou o bispo de Caruaru, dom José Ruy Gonçalves Lopes ontem (15), na solenidade de Nossa Senhora das Dores, padroeira de Caruaru (PE).

O bispo de Caruaru falava sobre a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, que pretende a descriminalizar o aborto até a 12ª semana de gestação que foi liberada para julgamento essa semana pela relatora da ação, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber.

 ADPF 442 tramita no STF desde 2017, a pedido do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) em conjunto com a Anis - Instituto de Bioética, que se define como “organização não-governamental feminista, antirracista e anticapacitista, que luta para promover políticas baseadas no cuidado, na interdependência e na reparação de violação de direitos para a vida plena de todas as pessoas, tendo a justiça reprodutiva como seu eixo principal”. Mesmo a ação sendo liberada para julgamento por Weber, ainda não tem data para ser analisada e julgada

Ainda durante a celebração, dom José Ruy comentava sobre os “sofrimentos” que os “corações amorosos de Jesus e de Maria" experimentaram “quando chegou o momento, em que o filho antes de morrer, teve que despedir de sua mãe”. E afirmou: “ó Rainha das Dores, as recordações de um filho amado que morre são muito queridas e não saem nunca de uma memória de uma mãe”.

Ele também disse que para “cada dor existe um nome”, mas a dor “de uma mãe que perde um filho não tem nome”, pois “é a dor mais cruel no coração de uma mãe” e  pediu a Nossa Senhora que recordasse “das milhões de crianças que serão assassinadas pelo aborto que poderá entrar em vigor no Brasil, caso seja aprovado pelo Supremo Tribunal Federal nestes próximos dias”.

“Não permita a mãe, que tal tragédia, que tal genocídio aconteça”, clamou o bispo.