O papa Francisco nomeou hoje (14) dom Alberto Arturo Figueroa Morales, até agora bispo auxiliar de San Juan, bispo de Arecibo, Porto Rico. Morales substitui o, bispo demitido por Francisco, dom Daniel Fernández Torres, em março deste ano.

Dom Figueroa Morales nasceu em 9 de agosto de 1961. Em 1981 ingressou nos frades capuchinhos. Ele estudou na Pontifícia Universidade Católica de Porto Rico em Ponce, onde se formou em filosofia em 1984.

Após o noviciado, fez a profissão temporal em 1985. Em 1986 recebeu a dispensa dos votos temporais e ingressou no seminário diocesano Jesús Maestro em Arecibo.

Foi ordenado sacerdote em 2 de junho de 1990.

Em 1991 se reincorporou aos frades capuchinhos. Em 1995 fez a profissão solene e foi eleito segundo definidor do vice-provincial e mestre de noviços.

Segundo informa a diocese de Arecibo, foi vice-provincial da província capuchinha de San Juan, tornando-se depois mestre de postulantes.

Em 2010 recebeu o indulto de saída dos frades capuchinhos e foi incardinado na arquidiocese de San Juan. Foi administrador da paróquia Santa Luísa de Marillac em Río Piedras.

Fez mestrado em direito canônico na Pontifícia Universidade de Salamanca, na Espanha.

Foi nomeado bispo auxiliar de San Juan em 19 de novembro de 2019 e recebeu a consagração episcopal em 27 de dezembro do mesmo ano, para colaborar com dom Roberto González Nieves, arcebispo de San Juan desde 1999.

A demissão de dom Fernández

Em 9 de março, a Santa Sé anunciou que o papa Francisco demitiu dom Fernández Torres do cargo de bispo de Arecibo. Ele tinha 57 anos, 18 anos antes da idade em que os bispos devem oferecer sua renúncia.

Em junho deste ano, a ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, informou que um documento que está no Vaticano apontaria a que o arcebispo de San Juan, Porto Rico, dom Roberto González Nieves, a quem a Santa Sé pediu que renunciasse em 2012, estaria por trás da decisão do papa Francisco de demitir dom Fernandez Torres.

O documento "Deus Sempre é Maior", feito pelos assessores jurídicos de dom Daniel Fernández, afirma que o bispo emérito de Arecibo “nunca” recebeu um “decreto de remoção”, nem lhe foi dada “nenhuma razão para esta ação oficialmente ou por escrito”.

As duas razões que teriam levado à demissão de dom Fernández teriam sido sua oposição à vacinação obrigatória contra a covid, apoiada em 2021 pelos outros seis bispos de Porto Rico, e sua decisão de não enviar os seminaristas de Arecibo ao seminário interdiocesano do país, por considerar que lá não seriam bem formados.

Em 10 de junho, a ACI Prensa enviou uma série de consultas à arquidiocese de San Juan sobre a possível participação de dom Roberto González Nieves no processo que levou à demissão do atual bispo emérito de Arecibo.

Até o fechamento desta edição, dom Roberto González Nieves nem sua equipe de imprensa responderam.

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