Hoje (11), completa-se 61 anos da abertura do Concílio Vaticano II, o grande evento mundial e eclesial convocado por são João XXIII para buscar o “aggiornamento”, ou seja, a atualização da Igreja para aproximá-la do mundo atual.

O concílio ecumênico foi inaugurado em 11 de outubro de 1962 e se dividiu em quatro etapas. Participaram cerca de 2 mil padres conciliares de todo o mundo.

Antes de inaugurar o concílio, João XXIII criou em 1960 o secretariado para a promoção da unidade dos cristãos, uma comissão preparatória que mais tarde se tornaria o Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos. Foi a primeira vez que a Santa Sé criava uma estrutura para tratar de temas ecumênicos.

Para a presidência desse organismo, o papa nomeou o cardeal Augusto Bea, que depois se tornaria uma importante figura do concílio.

Desde a abertura do Concílio Vaticano II, o papa bom destacou a natureza pastoral de seus objetivos: não se tratava de definir novas verdades nem condenar erros, mas era necessário renovar a Igreja para fazê-la capaz de transmitir o Evangelho nos novos tempos, buscar os caminhos de unidade com as outras confissões cristãs, buscar o bom dos novos tempos e estabelecer um diálogo com o mundo moderno, centrando-se primeiro “no que nos une e não no que nos separa”.

Ao concílio foram convidados como observadores membros de diversos credos desde muçulmanos até índios americanos, assim como membros de todas as igrejas cristãs: ortodoxos, anglicanos, quacres e protestantes em geral, incluindo evangélicos, metodistas e calvinistas não presentes em Roma desde o tempo dos cismas.

Assim, o Concílio Vaticano II se tornou o fato mais decisivo da história da Igreja no século XX. São João XXIII não pôde ver a conclusão porque morreu em 3 de junho de 1963.

Quem prosseguiu com o concílio foi são Paulo VI, que foi eleito sucessor de são Pedro em 21 de junho de 1963.

O Concílio Vaticano II foi encerrado em 8 de dezembro de 1965 e deixou como legado uma série de importantes documentos que seguem sendo de grande atualidade.

Quatro Constituições: Dei VerbumLumen GentiumSacrosanctum Concilium e Gaudium et Spes; três Declarações: Gravissimum EducationisNostra Aetate e Dignitatis Humanae; e nove decretos: Ad GentesPresbyterorum OrdinisApostolicam ActuositatemOptatam TotiusPerfectae CaritatisChristus DominusUnitatis RedintegratioOrientalium Ecclesiarum e Inter Mirifica.