Dec 22, 2025 / 15:43 pm
O Estado de Massachusetts, nos EUA, deixará de exigir que candidatos a acolher crianças sem família afirmem a ideologia de gênero para se qualificar.
A ideologia de gênero é a militância política baseada na teoria de que a sexualidade humana independe do sexo e se manifesta em gêneros muito mais variados do que homem e mulher. A ideia contraria à Escritura que diz, no livro do Gênesis 1, 27: “Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher Ele os criou”, na tradução oficial da CNBB.
O Catecismo da Igreja Católica diz, no número 369: “O homem e a mulher foram criados, quer dizer, foram queridos por Deus: em perfeita igualdade enquanto pessoas humanas, por um lado; mas, por outro, no seu respectivo ser de homem e de mulher. “Ser homem”, “ser mulher” é uma realidade boa e querida por Deus: o homem e a mulher têm uma dignidade inamissível e que lhes vem imediatamente de Deus, seu Criador. O homem e a mulher são, com uma mesma dignidade, “à imagem de Deus”. No seu “ser homem” e no seu “ser mulher”, refletem a sabedoria e a bondade do Criador”.
A organização Alliance Defending Freedom disse em 17 de dezembro que o Departamento de Crianças e Famílias de Massachusetts "não excluirá mais famílias cristãs e de outras religiões do sistema de acolhimento familiar" por afirmarem que " meninos são meninos e meninas são meninas".
Em setembro, o grupo jurídico anunciou que havia entrado com uma ação judicial num tribunal distrital dos EUA contra a política estadual, que exigia que candidatos concordassem em afirmar a “orientação sexual e identidade de gênero” de uma criança antes de serem autorizados a cuidar dela.
O advogado Johannes Widmalm-Delphonse disse na época que o sistema de acolhimento familiar do Estado estava "em crise", com cerca de 1,4 mil crianças aguardando colocação em lares de acolhimento.
No entanto, o Estado estava "colocando sua agenda ideológica à frente das necessidades dessas crianças que sofrem", disse Widmalm-Delphonse.
O processo foi movido em nome de duas famílias de Massachusetts que tinham licença para acolher crianças no Estado. Juntas, elas haviam acolhido cerca de 30 crianças e estavam em situação regular no momento da mudança na política.
No entanto, a política estadual exigia que eles "prometessem usar os pronomes escolhidos pela criança, afirmassem verbalmente a identidade de gênero da criança contrária ao sexo natural e até mesmo incentivassem a criança a fazer a transição médica, forçando essas famílias a se manifestarem contra suas crenças religiosas fundamentais", dizia o processo.
Com a mudança em sua política, Massachusetts passará a exigir que os pais adotivos afirmem a “identidade e as necessidades individuais” da criança, tendo a linguagem relacionada à comunidade LGBT sido removida do código estadual.
As famílias antes excluídas pela regra estadual estão "ansiosas para solicitar novamente suas licenças", disse Widmalm-Delphonse em 17 de dezembro.
O advogado elogiou Massachusetts por dar um “passo na direção certa”, embora tenha dito que o grupo jurídico continuará seu trabalho até que haja “certeza de que Massachusetts está comprometido em respeitar as pessoas religiosas e a diversidade ideológica entre os pais adotivos”.
Outras autoridades têm feito esforços nos últimos anos para excluir pais de programas estatais de assistência à infância com base em ideologia de gênero.
Em julho, um tribunal federal de apelações dos EUA decidiu, por dois votos a um, que o Estado de Oregon provavelmente violou os direitos da Primeira Emenda da Constituição de uma mãe cristã ao exigir que ela abraçasse a ideologia de gênero e a homossexualidade para poder adotar crianças.
Em abril, a governadora do Kansas, Laura Kelly, do Partido Democrata, vetou um projeto de lei que teria proibido o governo de exigir que os pais declarassem apoio à ideologia de gênero e à homossexualidade para se qualificarem para adotar ou acolher crianças.
Em contrapartida, em abril, o Estado do Arkansas promulgou uma lei para impedir que agências de adoção e prestadores de serviços de acolhimento familiar discriminem potenciais pais em razão de suas crenças religiosas.
A lei do Arkansas proíbe especificamente o governo de discriminar os pais por sua recusa em aceitar “qualquer política governamental relativa à orientação sexual ou identidade de gênero que entre em conflito com as crenças religiosas sinceras da pessoa”.
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