27 de ago de 2025 às 13:38
O Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS, na sigla em inglês) disse aos Estados e territórios americanos que eles devem tirar referências à ideologia de gênero dos materiais educacionais do ensino fundamental e médio ou perderão o financiamento federal.
Ideologia de gênero é a militância política baseada na teoria de que a sexualidade humana independe do sexo e se manifesta em gêneros muito mais variados do que homem e mulher. A ideia contraria a Escritura que diz, no livro do Gênesis 1, 27: “Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher Ele os criou”, na tradução oficial da CNBB.
O Catecismo da Igreja Católica diz, no número 369: “O homem e a mulher foram criados, quer dizer, foram queridos por Deus: em perfeita igualdade enquanto pessoas humanas, por um lado; mas, por outro, no seu respectivo ser de homem e de mulher. «Ser homem», «ser mulher» é uma realidade boa e querida por Deus: o homem e a mulher têm uma dignidade inamissível e que lhes vem imediatamente de Deus, seu Criador. O homem e a mulher são, com uma mesma dignidade, «à imagem de Deus». No seu «ser homem» e no seu «ser mulher», refletem a sabedoria e a bondade do Criador.
Os Estados e territórios dos EUA recebem ao todo cerca de US$ 81,3 milhões (cerca de R$ 442,7 milhões) do governo federal por ano por meio do Programa de Educação de Responsabilidade Pessoal (PREP, na sigla em inglês).
As cartas documentam vários exemplos de ideologia de gênero inseridos nos currículos de vários Estados.
Por exemplo, a carta a Vermont cita materiais do programa que definem gênero como "as ideias numa cultura ou sociedade sobre as maneiras apropriadas para homens e mulheres se vestirem, se comportarem, pensarem e sentirem". O program chama identidade de gênero de "a compreensão interna das pessoas sobre o gênero com o qual se identificam": homem, mulher ou "algo que não se encaixa nesses rótulos".
A carta a Washington fala sobre material didático sobre a "identidade de gênero" de uma criança poder ser diferente do "sexo atribuído no nascimento". O material didático diz que as crianças começam a articular aspectos de sua identidade de gênero "entre 18 meses e dois a três anos" e "têm uma noção clara de sua identidade de gênero aos quatro ou cinco anos".
Em Dakota do Sul, a carta do HHS faz referência a uma "pergunta frequente" num dos materiais do curso, que pergunta: "Por que alguém com um pênis não se identificaria como um menino/homem?" A resposta dada é que as partes do corpo fazem referência ao "sexo atribuído no nascimento, que é diferente do gênero" e chama o gênero de "como as pessoas se identificam e se expressam".
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Nas cartas, o HHS diz que esses currículos e programas foram aprovados no governo do presidente Joe Biden, que, segundo o departamento, "errou ao permitir que bolsas do PREP fossem usadas para ensinar ideologia de gênero aos alunos". O HHS diz que esses materiais agora estão "em desacordo" com os regulamentos do HHS.
O HHS instruiu os funcionários de cada Estado que receberam uma carta a modificar seus currículos e materiais de curso até segunda-feira, 27 de outubro, para que o departamento os analise.
“A responsabilização está chegando”, disse ontem (26) o secretário assistente interino do HHS, Andrew Gradison.
“Os fundos federais não serão usados para envenenar as mentes da próxima geração ou promover agendas ideológicas perigosas”, disse Gradison. “O governo Trump garantirá que o PREP reflita a intenção do Congresso, não as prioridades da esquerda”.
O HHS ter cortou US$ 12 milhões (cerca de R$ 65,3 milhões) que mandava para a Califórnia que não interrompeu a promoção da ideologia de gênero em seu currículo. O HHS havia alertado o Estado em junho que perderia o financiamento caso as autoridades se recusassem a fazer as mudanças necessárias.
O Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) está aplicando o decreto de Trump, de 29 de janeiro, que visa "acabar com a doutrinação radical no ensino fundamental e médio". O governo define ideologia de gênero como um sistema de crenças que "substitui a categoria biológica de sexo por um conceito em constante mudança de identidade de gênero autoavaliada".
Segundo o governo Trump, a ideologia de gênero permite “a falsa alegação de que homens podem se identificar como e, portanto, se tornar mulheres, e vice-versa”. A ideologia tem “a ideia de que existe um vasto espectro de gêneros desconectados do sexo de cada um”.




