5 de dezembro de 2025 Doar
Um serviço da EWTN News

Dois padres e um leigo enfrentam penas de prisão na Espanha por criticar islamismo radical

O padre espanhol Custodio Ballester. | HazteOir.org (CC BY-SA 2.0)

Os padres Custodio Ballester e Jesús Calvo, e o leigo Armando Robles, podem ser condenados à prisão por crimes de ódio contra muçulmanos por criticar o islamismo radical.

O Ministério Público da Espanha pede uma pena de quatro anos de prisão para Robles, uma proibição de lecionar por dez anos e uma multa de € 3 mil (cerca de R$ 18,7 mil). Para os padres, a pena de prisão pedida é de três anos.

Em 2017, a Associação de Muçulmanos Contra a Islamofobia apresentou uma denúncia ao Serviço Especial de Crimes de Ódio e Discriminação do Ministério Público de Barcelona, ​​pedindo uma investigação sobre os comentários feitos no talk show La Ratonera (A Ratoeira).

A promotora María Teresa Verdugo acrescentou ao caso um artigo publicado pelo padre Custodio Ballester em 2016 intitulado El imposible diálogo con el Islam (O diálogo impossível com o Islã). No artigo, padre respondia à carta do arcebispo de Barcelona, ​​Cardeal Juan José Omella, El necesario diálogo con el Islam (O diálogo necessário com o Islã).

“Como diz Jesus Cristo, eles nos levarão à sinagoga e aos tribunais, e lá o Espírito Santo nos dará sabedoria que nossos adversários não serão capazes de neutralizar”, disse o padre Ballester à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI. “Acho que no sacerdócio essa possibilidade às vezes surge, e já surgiu para mim”

“Não estou sendo acusado de nenhum crime hediondo, mas simplesmente de ter expressado minha opinião sobre como é o islamismo em certas circunstâncias”, disse o padre.

“Que eu diga que o islã pretende destruir a civilização ocidental, que as mesquitas não pregam o amor ao próximo, mas sim o extermínio dos infiéis, e que, nesses círculos islâmicos radicais, terroristas que matam pessoas são vistos do mesmo modo que vemos os santos... “Todos se dão conta, depois de oito anos, que eu não estava falando de todos os muçulmanos do mundo. Eu estava falando daquela classe de muçulmanos que é 20%. Eles são uma minoria em termos percentuais, mas em números absolutos somam alguns milhões. Eles não são todo o islã, o jihadismo, não, mas é islã”.

“Eu teria que me resignar e fazer apostolado na prisão”

O padre Ballester diz que vai reafirmar todas as suas considerações, pois entende que se trata de "uma reflexão teológica, sócio-teológica sobre o que é o islã”, sobre a visão que tem do islã à luz do que ocorreu diante dos seus olhos".

Ele também considera exageradas as penas pedidas pela promotora Verdugo: "Três anos de prisão por denunciar?", pergunta ele, enquanto considera a possibilidade de acabar preso: "Talvez o lógico seja não fazer isso. Mas, como nunca se sabe, bem, veja bem, eu teria que me resignar e fazer apostolado na prisão".

"Agora, eles estão interessados ​​em fazer um mártir?”, diz Ballester. “Certo. É isso que eles têm que pensar, se quiserem me condenar. Talvez o lógico seria, na pior das hipóteses, nos dar algo assim, algum tipo de penalidade que não exigisse a entrada, uma multa, talvez na pior das hipóteses, se quisessem nos prejudicar".

Para o padre, "esse crime é tão subjetivo que você fica à mercê do que o juiz decidir", pois não há nenhuma questão concreta como "um cheque sem fundo, uma surra, um roubo, um golpe".

No entanto, disse ele, o promotor busca uma condenação "com base no significado que deu às palavras, com base numa consideração moral da sua intenção, do desejo que tinha no coração".

“Eles estão julgando entidades absolutamente incompreensíveis”, disse Ballester. “Claro, é puro subjetivismo. Eles podem condenar e podem absolver, e tudo pode ser justificado legalmente".

Por outro lado, ele diz que suas palavras não levaram a nenhuma ação contra os muçulmanos na Espanha: "Que consequências essas palavras tiveram? Nenhuma".

"Se isso ajudar as pessoas a verem que tudo isso é um absurdo, que elas realmente parecem ridículas fazendo o que estão fazendo, bem, veja bem, eu aceitaria. É ridículo. É claramente um meio de coerção e controle ideológico", disse o padre.

As melhores notícias católicas - direto na sua caixa de entrada

Inscreva-se para receber nosso boletim informativo gratuito ACI Digital.

Suscribirme al boletín

Nossa missão é a verdade. Junte-se a nós!

Sua doação mensal ajudará nossa equipe a continuar relatando a verdade, com justiça, integridade e fidelidade a Jesus Cristo e sua Igreja.

Doar