A Fundação Red Madre, que atende gestantes em dificuldades na Espanha, atendeu cerca de 63 mil mulheres no ano passado. Oito em cada dez decidiram não fazer um aborto graças ao apoio de associações que coordenam seus serviços em todo o país.

No total, 63.971 mulheres recorreram à Red Madre no ano passado, a maioria delas, cerca de 34 mil, grávidas e em situações de vulnerabilidade por diversos motivos.

Cerca de 5 mil mulheres buscaram ajuda porque corriam risco de aborto espontâneo, e outras cerca de 30 mil eram mães com filhos.

A maioria tinha entre 18 e 39 anos de idade e chegou à Red Madre apesar do apoio da família (58%) e do pai (61%). No entanto, três em cada quatro estavam desempregadas e uma em cada cinco só tinha trabalhos esporádicos.

Sobre a origem delas, o relatório anual do ano passado da Red Madre mostra que, nos últimos cinco anos, o número de mães espanholas que usam seus serviços diminuiu, de 41% para 23,5%, enquanto o número de mães estrangeiras aumentou de 58% para 76,5%.

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Cerca de mil voluntários da Red Madre deram fraldas, fórmula, alimentos e produtos de higiene, além de dar orientação e informações gerais, apoio emocional, aconselhamento psicológico, apoio na busca de emprego, aconselhamento jurídico, apoio médico e cuidados com traumas pós-aborto.

Desde 2007, a Red Madre atendeu cerca de 400 mil mulheres. Amaya Azcona, sua diretora-geral, disse num comunicado divulgado pela organização que "os números de atendimento em nosso Relatório Anual refletem que o apoio público existente continua muito limitado, sendo necessário que as administrações públicas implementem planos que deem o apoio específico que as gestantes na Espanha precisam desde o momento em que recebem a notícia da gravidez".

Além do trabalho assistencial, a Red Madre faz ações de conscientização por meio de centros educacionais, alcançando 3,6 mil alunos e 500 professores e pais no ano passado.