Sep 4, 2025 / 13:22 pm
Um estudo do Instituto Williams da Faculdade de Direito da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) estima que 1% dos indivíduos com 13 anos de idade ou mais nos EUA — cerca de 2,8 milhões de pessoas — agora se identificam com o sexo oposto, com as gerações mais jovens significativamente mais propensas a se identificarem como tal em comparação às faixas etárias mais velhas.
Segundo o relatório, 0,8% dos adultos dos EUA, ou cerca de 2,1 milhões de pessoas, se identificam com o sexo oposto, enquanto 3,3% dos jovens de 13 a 17 anos, cerca de 724 mil pessoas, se identificam com o sexo oposto.
As descobertas, extraídas do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco Comportamentais (BRFSS, na sigla em inglês) de 2021-2023 do Centro de Controle de Doenças dos EUA (CDC) e da Pesquisa de Comportamento de Risco Juvenil (YRBS, na sigla em inglês) de 2021 e 2023, fornecem os dados mais abrangentes até o momento sobre jovens que se identificam com o sexo oposto, especialmente do YRBS de 2023.
“De certo modo, esses números são chocantes e, de outro, não me chocam nem um pouco. Na verdade, parecem meio baixos”, disse Theresa Farnan, pesquisadora do Centro de Ética e Políticas Públicas (EPCC, na sigla em inglês) com foco nos desafios da ideologia de gênero por meio do Projeto Pessoa e Identidade à CNA, agência em inglês da EWTN.
Ela citou um estudo de 2021 num distrito escolar urbano que trazia descobriu que cerca de 10% dos alunos eram identificados como transgêneros.
Os números codificam “problemas significativos”, diz Farnan. “A ideologia de gênero não vai desaparecer. Há 2,8 milhões de pessoas agindo com base nessa falsa antropologia; que a internalizaram tanto que não acham que seu corpo lhes diga nada sobre quem são”.
O BRFSS, que começou a dar aos 50 Estados dos EUA a opção de perguntar sobre identidade transgênero em 2014, viu 41 Estados fazerem a pergunta em pelo menos um ano, de 2021 a 2023, contra 19 Estados em 2014.
A distribuição da identidade de gênero entre adultos que se identificam com o sexo oposto é aproximadamente dividida igualmente: cerca de um terço (cerca de 33%) se identifica como mulheres transgêneros (homens biológicos), um terço como homens transgêneros (mulheres biológicas) e um terço como transgêneros não binários.
O estudo descobriu que a distribuição foi consistente em todas as regiões e Estados dos EUA, sem variações significativas observadas nos dados de 2021-2023 em comparação com anos anteriores.
Mais jovens se identificam com o sexo oposto
Os dados destacam uma tendência geracional: faixas etárias mais jovens têm muito mais probabilidade de se identificar com o sexo oposto do que as mais velhas, e indivíduos que se identificam com o sexo oposto são, em média, mais jovens do que a população geral dos EUA. Entre os jovens adultos de 18 a 24 anos, 2,7% se identificam com o sexo oposto, em comparação com só 0,3% daqueles com 65 anos ou mais, uma diferença estatisticamente significativa.
Daqueles com 13 anos ou mais que se identificam com o sexo oposto, 25,3% são jovens de 13 a 17 anos (acima dos 18,3% nas estimativas anteriores), 28,9% são jovens adultos de 18 a 24 anos (acima dos 24,4%) e 50,7% têm entre 18 e 34 anos. No geral, três quartos (76,0%) da população que se identifica com o sexo oposto com 13 anos ou mais têm menos de 35 anos.
Medidas governamentais
Para Theresa Farnan, os decretos nos EUA que proíbem procedimentos médicos de redesignação sexual em crianças, embora bons, não resolverão o que ela chama de "problema causado pelos jovens".
Além disso, as políticas que promovem a ideologia transgênero "voltarão com força total quando um democrata for presidente novamente", disse Farnan.
As leis estaduais em Estados conservadores "podem não ter força". Ela ressaltou que, embora tais procedimentos sejam proibidos no Estado da Geórgia, a lei isenta procedimentos que "salvam vidas".
“Um médico simplesmente dirá que esses procedimentos salvam vidas”, disse Farnan.
"Há fatores culturais que impulsionam essa ideologia", disse ela. "Se quisermos levar a sério a tarefa de proteger as pessoas desses males, precisamos lidar com isso em todos os níveis".
Farnan citou um estudo recente que mostrou que os jovens ainda são "alcançáveis". Cerca de 90% dos estudantes universitários entrevistados disseram que se sentiam pressionados a dizer que tinham visões mais progressistas do que realmente tinham só para "dar um sinal de virtude" e se conformar. Cerca de 80% disseram que se autocensuravam sobre suas visões sobre ideologia de gênero.
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Tendência ascendente clara
Os dados de 2023 mostram uma clara tendência ascendente na identificação com o sexo oposto, particularmente entre jovens (3,3% contra 0,7% em 2017) e adultos jovens (2,7% contra 1,3% em 2016 para 18-24), em comparação com adultos mais velhos (0,3% para 65+).
Esses números confirmam uma tendência observada nos relatórios do Instituto Williams e desde 2011, que monitoraram o tamanho e as características da população que se identifica com o sexo oposto.
Segundo o relatório, a estimativa de 1,0% (2,8 milhões) para 2023 é um aumento significativo em relação aos 0,6% (1,4 milhão) de 2016 e 0,7% (1,8 milhão) de 2020. Isso é um aumento de 100% em relação a 2016 e de 56% em relação a 2020 no número estimado de indivíduos que se identificam o sexo oposto. O aumento é atribuído à melhor coleta de dados (por exemplo, 41 Estados no BRFSS de 2021-2023 contra 19 em 2014) e à maior disposição para se identificar com o sexo oposto, especialmente entre os jovens, provavelmente devido à mudança nas normas culturais.
Farnan disse que existem muitos fatores de risco que levam ao aumento da identificação com o sexo oposto, especialmente entre os jovens. "Muitas vezes, isso ocorre simultaneamente a problemas de saúde mental como depressão, ansiedade, transtornos de apego e traumas sexuais", assim como "autismo, problemas de saúde mental dos pais e famílias desestruturadas".
“O uso de pornografia também desempenha um papel importante, especialmente para os meninos”, disse ela.
Também é muito difícil se desvencilhar da comunidade que se identifica com o sexo oposto depois que um jovem entra nela, disse Farnan. Ela se referiu a Robin Westman, homem do Estado de Minnesota que matou duas crianças e feriu outras 21 pessoas, 18 delas crianças, na semana passada. "Se você expressa qualquer dúvida, todos naquela comunidade se voltam contra você", disse Farnan.
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