Basílica de São Pedro

Na solenidade de São Pedro e São Paulo celebra-se também a festa da Basílica que leva o nome do Primeiro Papa, em honra à enorme devoção rendida desde os primeiros cristãos.

A Basílica de São Pedro é o maior templo da cristandade. Encontra-se situada à margem direita do Tiber, dentro da Cidade do Vaticano. A Basílica primitiva - com cinco naves e consagrada no ano de 326 - foi construída pelo desejo de Constantino sobre o túmulo do Apóstolo. São Pedro converteu-se rapidamente em um dos lugares preferidos pelos romanos, que mesmo antes do fim do império, no ano de 476, começaram a se estabelecer nos arredores, onde aproveitaram os antigos e gloriosos restos do império romano.

Os fiéis acudiam a São Pedro para venerar as sagradas relíquias guardadas no templo: o corpo do apóstolo, o de sua filha Petronila, os restos mortais de alguns de seus discípulos, um fragmento da cruz e, sobretudo, a célebre Verônica, o véu onde ficou gravado o rosto de Jesus.

Em 1289, o Papa Nicolau IV enumerou as relíquias da Basílica mencionando, primeiramente, a Verônica e, depois, o corpo do Apóstolo. A importância concedida pelo pontífice a Verônica explica-se porque esta representava a autêntica imagem do rosto de Jesus e recolhia também as pequenas partículas deixadas na terra por seu corpo, em memória de seu sacrifício pelos homens. Durante os Jubileus, a Verônica era exposta publicamente todas as sextas-feiras e quando celebrava-se uma festa solene.

No transcorrer do tempo, São Pedro enriqueceu-se com novos relicários, como também com uma profusão de decorações de estilo bizantino, românico e gótico.

Entre os anos de 1100 e 1200, a fachada do templo e seu interior foram decorados com afrescos e mosaicos. Em 1330, Giotto e outros artistas de sua escola realizaram o mosaico da nave lateral e o políptico do altar maior. No entanto, durante os anos seguintes descuidou-se da basílica e esta correu o risco de ver-se reduzida a um monte de ruínas.

Em meados do séc. XV, o Papa Nicolau V decidiu reestruturá-la e confiou tal tarefa (1452) a Bernardo Rosselino. Após o falecimento do pontífice, no ano de 1455, as obras foram interrompidas quase por completo até o período do Papa Julio II, que as colocou nas mãos de Bramante. Este recebeu o título de mestre das ruínas ao demolir por completo a antiga igreja e a construção edificada por Rosselino.

Em 18 de abril de 1506, pôs-se em marcha a construção da nova basílica, concebida por Bramante com um planta em forma de cruz grega e uma grande cúpula central; no entanto, até a sua morte, em 1514, só havia conseguido edificar os quatro pilares centrais com seus relativos arcos de união. Estes últimos condicionaram todas as sucessivas intervenções. Rafael foi o encarregado de prosseguir com os trabalhos.

Deixou de lado a arquitetura central de Bramante e pôs em marcha um majestoso projeto com uma planta em forma de cruz latina.

Rafael faleceu em 1520, mas sua obra foi continuada por Antonio de Sangallo. A partir de 1547, as obras passaram a estar sob a direção de Miguelangelo Buonarotti, que voltou a adotar a concepção de planta central de Bramante ao imaginar a basílica como um templo ilhado no meio de uma praça.

À morte de Miguelangelo, quase havia sido terminado o cúpula sobre a qual Giacomo della Porta e Domenico Fontana ergueram (1588-1589) a grande cúpula concebida por Buonarroti. A partir de 1607, Carlo Maderno completou definitivamente a obra, transformando, por desejo de Paulo V, a planta de cruz grega em outra de cruz latina na qual acrescentou três arcadas e o pórtico da entrada e realizou a fachada. Terminada em 1612, a basílica foi consagrada por Urbano VIII no ano de 1626. Atualmente, tem uma extensão de 186 metros, uma superfície de 15.160 metros quadrados, e a altura de sua cúpula é de 119 metros.

Deve ser destacado, ainda assim, o baldaquino de bronze com as quatro maravilhosas colunas em espiral, obra também de Bernini, a Pietá, de Miguelangelo e cinco portas que se somam à fachada sob a galeria das Benções. Uma cruz designa essa Porta Santa. Essa mesma Porta Santa que foi aberta com uma solene cerimônia no Grande Jubileu de 2000.

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