Em carta publicada no início deste ano, o papa emérito Bento XVI contou como se prepara para ver Deus “em breve”, “o justo juiz” e “definitivo da minha vida”.

“Em breve, estarei diante do juiz final da minha vida”, escreveu Bento XVI numa carta publicada em 8 de fevereiro, reafirmando sua inocência e negando as acusações de tratamento inadequado de casos de abuso quando era arcebispo de Munique, na Alemanha.

“Ainda que, olhando para trás, para minha longa vida, possa ter grandes motivos para temor e tremor, não obstante, tenho bom ânimo, pois confio firmemente que o Senhor não é apenas o justo juiz, mas também o amigo e irmão que já sofreu Ele mesmo por minhas deficiências e, portanto, também é meu advogado, meu 'Paráclito'”, disse Bento XVI.

“À luz da hora do julgamento, a graça de ser cristão se torna ainda mais clara para mim”, disse o papa emérito.

“Dá-me conhecimento e, na verdade, amizade com o juiz da minha vida, e assim me permite passar com confiança pela porta escura da morte”, disse Bento.

Na Audiência Geral de ontem (28), o papa Francisco contou que seu predecessor “está muito doente”, e exortou a pedir “ao Senhor que o console e o sustente neste testemunho de amor à Igreja até o fim”.

O diretor da sala de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, disse num comunicado que “posso confirmar que nas últimas horas houve um agravamento devido à idade avançada” de Bento XVI.

“A situação no momento permanece sob controle, constantemente monitorada pelos médicos”, concluiu Bruni.

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