Rosa María Payá, promotora da iniciativa Cuba Decide, pediu aos Estados Unidos "que processe Raúl Castro, Miguel Díaz-Canel e todos os principais funcionários do regime por todas as suas atividades criminosas".

A líder dissidente fez esse pedido durante a visita do presidente Donald Trump à Flórida (Estados Unidos), em 10 de julho.

Em seu discurso, Payá Acevedo também solicitou que "as Forças Armadas, o Serviço de Inteligência e o Partido Comunista Cubano sejam designados como Organizações Terroristas Estrangeiras, devido à sua participação no crime e no narcoterrorismo que ameaçam a região".

“Esta ditadura [de Cuba] é uma ameaça para a paz e a segurança do continente. Como se sabe, estão envolvidos em atividades criminosas e terroristas, como: tráfico de drogas; tráfico de pessoas através de brigadas médicas no exterior; a corrupção; e fornecer santuário e apoio aos terroristas", afirmou.

A líder de Cuba Decide lembrou que há mais de seis décadas "o povo cubano sofre a constante opressão do estado socialista", com um regime liderado por Fidel Castro e Raúl Castro que "impôs a cultura de exclusão e discriminação no país contra qualquer cubano com uma expressão divergente".

"Eles [os ditadores] aboliram as liberdades civis, nossa liberdade de religião e expressão. Tentaram apagar nossa história, nossa fé e nossa cultura. O regime de Castro amarrou as mãos do povo cubano para nos fazer pobres e dependentes", acrescentou.

"O comunismo mutila a alma humana para poder controlar a sociedade, e aqueles que falam em prol da liberdade e da justiça correm o risco de prisão e, inclusive, de morte”, denunciou.

Nesse sentido, lembrou que 22 de julho é o oitavo aniversário “desde que meu pai, Oswaldo Payá, foi assassinado pelo regime comunista. Meu pai fundou e dirigiu o Movimento de Libertação Cristã. Ele era um líder da oposição política, mas também era o líder moral de milhares e milhares de pessoas que exigem seu direito de ter voz e poder participar para mudar o sistema”.

Payá Acevedo disse que o regime tentou "matar seu legado", mas sem sucesso. "Eles temem a força de suas convicções e as convicções de uma maioria silenciosa que desperta para exigir liberdade", afirmou.

Nesse sentido, assegurou que “continuamos o trabalho de meu pai. Nosso movimento se fortalece a cada dia".

Em seu discurso, também denunciou que o regime comunista intensificou a repressão na ilha, onde as famílias "estão passando por uma profunda crise humanitária". "É importante, é vital, levantar nossas vozes para exigir a libertação de presos políticos e acabar com a impunidade para o regime cubano, a mesma impunidade que Castro sentiu quando matou meu pai, assumindo que o mundo não iria reagir", afirmou.

Rosa María Payá indicou que a solidariedade e "as oportunidades econômicas que os cubanos precisam devem ser direta e exclusivamente para o povo cubano, evitando qualquer intervenção do regime", fechando assim "todas as fontes de financiamento para a ditadura, que são utilizadas para manter os militares, o aparato de opressão e suas atividades narcoterroristas”.

"Este hemisfério pagou um preço alto por tolerar seis décadas do comunismo de Castro em Cuba, um regime que custou a destruição da democracia na Nicarágua e na Venezuela e a maior crise de refugiados de nossas vidas. É hora de acabar com isso”, afirmou.

“Mediante o uso da propaganda, a ideologia comunista contaminou as mentes e almas dos jovens na América Latina e nos Estados Unidos. É hora de dizer a verdade", acrescentou.

Da mesma forma, assinalou que o objetivo do movimento Cuba Decide é "forçar o regime cubano a se submeter à vontade soberana dos cidadãos e sair".

"É urgente que todas as nações do mundo livre apoiem a luta do povo cubano pela mudança, uma vez que o triunfo da democracia em Cuba é essencial para abrir caminho para a paz, prosperidade e estabilidade em todo o hemisfério", afirmou.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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