29 de dez de 2025 às 15:31
“Sem Deus este mundo perderá a esperança na vida eterna, e se faltar a esperança na vida eterna, a dignidade humana será gravemente lesada”, escreveu o arcebispo de Belém do Pará, dom Julio Endi Akamine ontem (28), em mensagem de encerramento do Jubileu da Esperança. “Por isso é preciso continuar suplicando a todos: Deixai-vos reconciliar com Deus! Este Jubileu da Esperança nos ensinou, uma vez mais, que nossa vida e a da humanidade não correm para o abismo escuro do nada e da falta de sentido, mas está orientada para o encontro com o Senhor na glória. Por isso é preciso insistir: Deixai-vos reconciliar com Deus!”.
“Ao permitir que sejamos reconciliados com Deus, a nossa vida se ilumina com a expectativa do regresso de Jesus Cristo e com a esperança de um dia vivermos para sempre nEle e com Ele”, disse o arcebispo. “Por isso, além de repetir “Deixai-vos reconciliar com Deus” é preciso gritar “Maranatá! Vem, Senhor Jesus!””.
Segundo dom Julio Endi Akamine, “o Jubileu da Esperança deu ocasião para que nos voltássemos ao essencial, ao silêncio e o esforço por uma vida santa”. Ele destacou três elementos fundamentais que a arquidiocese de Belém viveu durante o Jubileu 2025: “a peregrinação, o sacramento da reconciliação e a indulgência jubilar”.
“Eles estiveram unidos como uma só ação: peregrinamos a pé rumo a um santuário, os sacerdotes se puseram à disposição dos fiéis para a atender as confissões individuais e assim pudemos alcançar a indulgência jubilar”.
Sinais ‘da esperança da graça de Deus’
Ao encerrar o Jubileu da Esperança, o arcebispo de Belém do Pará pontuou sete “sinais que mostram a eficácia da esperança da graça de Deus” na arquidiocese.
Segundo dom Julio, “o primeiro sinal da esperança foi o empenho pela paz”.
“Foi impactante a participação da nossa arquidiocese na COP 30 através dos quatro polos de eventos finalizados ao combate do aquecimento global. Trilhamos o caminho da paz e contribuímos para que seja esse o caminho da humanidade ao nos comprometer por uma justiça ecológica entre os países do Norte e o Sul”.
O segundo sinal foi “um novo entusiasmo em transmitir a vida”. O arcebispo agradeceu a “Pastoral familiar, ao ECC, às Equipes de Nossa Senhora, aos responsáveis pelos cursos de noivos, aos catequistas de adultos pelo esforço em transmitir o evangelho da vida e pela luta contra as leis que ameaçam a família especialmente a legalização do aborto”.
Dom Endi Akamine também disse que “é preciso intensificar o desejo dos jovens em gerar filhos e filhas para a Igreja e o mundo” e encorajou “os casais cristãos a continuarem” no “empenho” de “ter filhos” que, segundo ele, “é um sinal forte de esperança no futuro.
“Educá-los para a vida eterna é uma bênção irradiada para o mundo”, disse o arcebispo pedindo que “a abertura à vida, a maternidade e a paternidade responsável sejam a atitude dos casais jovens e dos que se preparam para o matrimônio”.
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O terceiro sinal da esperança foi “aos que estão nas penitenciárias e aos jovens e adolescentes privados de liberdade”.
“É preciso dizer um “muito obrigado” à pastoral carcerária pelo seu trabalho e empenho em anunciar a boa nova da liberdade aos encarcerados”.
O quarto sinal foi “aos doentes e idosos nos hospitais e nas casas”.
“Temos enorme gratidão a todos os agentes da pastoral da saúde e da pessoa idosa, a todos os médicos e enfermeiros que cuidam dos doentes, vendo neles o próprio Cristo sofredor”.
O quinto sinal de esperança foi às pessoas que “sofrem deficiências que limitam a autonomia pessoal”.
Segundo dom Julio, “um sinal muito significativo foi o Círio da Acessibilidade” que exprimiu “a enorme dedicação cotidiana de tantos pais e educadores que, em seu compromisso, elevam a Deus um hino à dignidade humana e um canto de esperança”.
O sexto sinal de esperança foi aos “jovens” da arquidiocese de Belém que “encarnam e representam a esperança cristã”, disse o arcebispo.
“Muitas iniciativas pastorais para e com os jovens realizadas pelos próprios jovens são um fruto bonito deste jubileu da esperança”, disse dom Julio citando algumas iniciativas: “o acampamento da juventude, o círio dos jovens e os muitos retiros e encontros de jovens”.
“Os jovens nos recordam também o dom das vocações diocesanas sacerdotais e consagradas, das congregações e das novas comunidades. É sinal de esperança as muitas ordenações que tivemos neste ano jubilar”, pontuou.
O sétimo sinal de esperança foi “o cuidado para com os pobres”. “Destacamos o trabalho bonito realizado por tantos fiéis de nossa arquidiocese: a distribuição de alimentos, o socorro aos moradores de rua, a recuperação dos dependentes de droga”, disse o arcebispo.
“Concluímos este Jubileu da Esperança anunciando esses sinais concretos de esperança. É preciso dar mais destaque a tais sinais. Infelizmente, uma árvore que cai faz mais barulho do que uma floresta que cresce, mas não importa: a floresta continua crescendo e devemos ser gratos por isso”, disse dom Endi Akamine ressaltando que “há ainda muito o que fazer”.




