O papa Leão XIV disse hoje (29) que, para permitir a ação de Deus na vida pessoal, é necessário "esvaziar-se" e cultivar uma profunda interioridade.

O papa falava a um grupo de peregrinos da paróquia de São Tomás de Villanueva, de Alcalá de Henares, Espanha, no palácio Apostólico, no Vaticano.

O encontro ocorreu no contexto do Ano Jubilar, que Leão XIV disse ser “um tempo particularmente significativo para a Igreja”. O papa agradeceu aos peregrinos por sua solidariedade espiritual e pelo apoio “com as suas orações e generosidade”, dizendo que é “um gesto de comunhão e proximidade”.

Em sua saudação, Leão XIV falou sobre a figura de são Tomás de Villanova, bispo espanhol e frade agostiniano, padroeiro da paróquia, dizendo que ele era um homem “que se mostrou aberto à ação de Deus em sua vida”.

“Essa disposição para servir o levou a fazer muito bem à Igreja e à sociedade de seu tempo”, disse o papa.

Leão XIV exortou os fiéis a se inspirar em algumas características marcantes do santo espanhol, começando por sua intensa vida espiritual.

“Em sua vida e escritos, ele nos revela uma busca incessante pela oração contínua, ou seja, uma inquietação santa de estar na presença de Deus a cada momento”, disse o papa. “Isso requer uma profunda interioridade; requer esvaziar-se para escutar e deixar o Senhor agir”.

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Leão XIV também falou sobre sua “sobriedade e simplicidade”, assim como “seu trabalho altruísta”, especialmente no ambiente universitário, e seu “zelo apostólico”. O papa disse que todas essas qualidades levam a crer que “devemos reconhecer os talentos que recebemos e colocá-los a serviço da comunidade, com esforço e dedicação, para que se multipliquem em benefício de todos”.

Num mundo que “parece nos oferecer tudo de maneira cada vez mais rápida e fácil”, Leão XIV exortou as pessoas a reconhecer os talentos que receberam e a colocá-los “a serviço da comunidade, com esforço e dedicação, para que se multipliquem em benefício de todos”.

Ele também elogiou a simplicidade de são Tomás de Villanova (1486-1555), historicamente reconhecido como o "arcebispo dos Pobres" ou o "esmoleiro de Deus" por sua imensa caridade.

"Gostaria de destacar seu amor pelos pobres", disse o papa.

Referindo-se à vida paroquial dos peregrinos, Leão XIV agradeceu pela sensibilidade concreta deles para com os mais necessitados, dizendo que "os pobres não são só pessoas a serem ajudadas, mas a presença sacramental do Senhor".