O papa Leão XIV teve uma conversa por telefone ontem (17) à tarde com o presidente do Estado de Israel, Isaac Herzog, que ligou para o Vaticano, segundo a Sala de Imprensa da Santa Sé.

Na conversa, marcada por assuntos internacionais atuais, o papa quis falar sobre, à luz do recente ataque terrorista em Sydney, Austrália, a “firme condenação da Igreja Católica a todas as formas de antissemitismo”, algo que — disse ele— “continua a semear o medo nas comunidades judaicas e na sociedade em geral em todo o mundo”.

O atentado do último domingo (14) na praia de Bondi, em Sydney, matou pelo menos 16 pessoas – entre elas um dos terroristas – e feriu 40 pessoas na celebração da festa judaica de Hanukkah.

A conversa também falou sobre a situação no Oriente Médio. Nesse contexto, Leão XIV reafirmou seu apelo para que se persevere nos processos de paz em curso na região e falou sobre a urgência de “intensificar e prosseguir os esforços em matéria de ajuda humanitária” diante do sofrimento de populações afetadas pela violência.

Herzog visitou o papa no Vaticano em 4 de setembro. Nos encontros com o papa e na secretaria de Estado da Santa Sé, falaram sobre a situação política e social no Oriente Médio, onde persistem vários conflitos, com particular atenção à situação na Faixa de Gaza.

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Segundo a Santa Sé na época, foi manifestado o desejo "de uma retomada imediata das negociações, para que, com boa vontade e decisões corajosas, assim como com o apoio da comunidade internacional, seja possível a libertação de todos os reféns [então mantidos em Gaza pelo grupo terrorista islâmico Hamas], um cessar-fogo permanente seja alcançado com urgência, o acesso seguro da ajuda humanitária às áreas mais afetadas seja facilitado e o pleno respeito ao direito humanitário, assim como às legítimas aspirações de ambos os povos, seja garantido".