9 de dez de 2025 às 16:15
O arcebispo Georg Gänswein, ex-secretário do papa Bento XVI, disse esperar que o processo de beatificação do papa alemão, que morreu em 31 de dezembro de 2022, comece em breve.
“Pessoalmente, tenho grandes esperanças de que esse processo seja aberto”, disse no domingo (7) o arcebispo e atual núncio apostólico na Lituânia, Letônia e Estônia ao canal de televisão K-TV.
Segundo as normas atuais da Igreja, um possível processo de beatificação do papa Bento XVI só poderia começar cinco anos depois de sua morte, a menos que o papa em exercício conceda uma autorização especial antes disso, como o próprio Joseph Ratzinger fez com são João Paulo II, dispensando esse período de espera.
No trecho da entrevista, publicado pelo veículo de comunicação católico alemão Katholisch, Gänswein disse que uma das qualidades essenciais do papa Bento XVI para a compreensão da fé foi a alegria.
O arcebispo disse que, para o papa alemão, se a fé não leva à alegria, “algo está errado na vida de fé de alguém” e que “Ratzinger, Bento XVI, é um teólogo da alegria”.
Gänswein disse que outra lição importante do papa alemão é que “não devemos fazer concessões no essencial; pelo contrário, devemos deixar-nos moldar pelo Senhor, pela fé da Igreja”.
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Na entrevista, Gänswein também falou sobre as tensões que surgiram devido à publicação do motu proprio Traditionis custodes — com o qual o papa Francisco restringiu a celebração da missa tridentina — e incentivou esforços para superar essas tensões.
Em 2007, o papa Bento XVI liberou as oportunidades de celebração da missa tradicional em latim com o seu motu proprio Summorum pontificum.
“Acredito que a sábia decisão do papa Bento XVI foi a correta, e esse caminho deve ser seguido sem dificuldades ou restrições”, disse o ex-secretário de Ratzinger.
Em 25 de outubro deste ano, o cardeal Raymond Burke, prefeito emérito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, celebrou uma solene missa tradicional em latim na basílica de São Pedro, no Vaticano, um evento que aparentemente demonstrou a abertura do papa Leão XIV a esse rito.




