3 de dez de 2025 às 11:46
A arquidiocese de Salvador (BA) está promovendo um concurso de presépios. A iniciativa é feita através da Pastoral da Comunicação (Pascom), em parceria com o santuário Santa Dulce dos Pobres. As inscrições estão abertas e podem ser feitas até o dia 12 de dezembro.
Segundo o regulamento, o objetivo do concurso é “promover a confecção de presépios; resgatar a cultura popular do Natal, por meio da confecção de presépios Natalinos; valorizar as técnicas artesanais e artísticas locais na construção do presépio”.
Serão avaliadas três categorias: residencial, “para presépios montados em residências”, paroquial, “para presépios montados em Igrejas (paróquias, comunidades e capelas)”, e institucional, “para presépios montados em instituições como casas comerciais, faculdades, escolas, shoppings, supermercados e outros”.
A temática do concurso será o Jubileu da Esperança e, para os concorrentes nas categorias residencial e paroquial, o presépio “deverá contemplar os seguintes personagens tradicionalmente reconhecidos como fundamentais pela cultura popular: Menino Jesus, Virgem Maria, São José, os três Reis Magos e animais”; para a categoria institucional, deverá ter os personagens “Menino Jesus, São José e a Virgem Maria”.
Para cada categoria só será aceita a inscrição de um presépio por concorrente. A inscrição será feita no site da arquidiocese, onde o concorrente deverá ler e concordar com o regulamento, preencher o formulário, informando o nome do responsável pelo presépio, o endereço onde ele está montado, qual a categoria da qual participa e anexar, obrigatoriamente, três fotos e um vídeo em boas qualidades. As imagens não poderão conter quaisquer informações que identifiquem o autor do presépio, como nome ou logomarcas.
Uma comissão julgadora montada especialmente para esta iniciativa vai avaliar os presépios e dar um resultado parcial no dia 17 de dezembro no site da arquidiocese. No mesmo dia, os presépios pré-selecionados serão publicados no Instagram @arquisalvador para votação pública. Os votos serão contabilizados pelo número de curtidas em cada presépio publicado e serão computados até às 23h59 do dia 21 de dezembro.
O resultado será divulgado no dia 22 de dezembro e a premiação acontecerá no dia 26 de dezembro, às 8h30, em missa celebrada pelo bispo auxiliar de Salvador dom Gilvan Pereira Rodrigues, no santuário Santa Dulce dos Pobres.
O presépio
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
O primeiro presépio foi montado por são Francisco de Assis, em 1223, em Greccio, Itália.
O frade Tomás de Celano (1200-1260), que escreveu a biografia de são Francisco de Assis, contou que havia no povoado de Greccio um “homem chamado João, de boa fama e vida ainda melhor, a quem São Francisco tinha especial amizade”. Cerca de 15 dias antes do Natal de 1223, são Francisco lhe disse: “Se você quiser que nós celebremos o Natal de Greccio, é bom começar a preparar diligentemente e desde já o que vou dizer. Quero lembrar o menino que nasceu em Belém, os apertos que passou, como foi posto num presépio, e ver com os próprios olhos como ficou em cima da palha, entre o boi e o burro”. João fez como o santo lhe tinha indicado.
“Fizeram um presépio, trouxeram palha, um boi e um burro. Greccio tornou-se uma nova Belém, honrando a simplicidade, louvando a pobreza e recomendando a humildade”. Naquele mesmo local foi celebrada a missa. Francisco, que era diácono, “cantou com voz sonora o santo Evangelho” e “depois pregou ao povo presente, dizendo coisas maravilhosas sobre o nascimento do Rei pobre e sobre a pequena cidade de Belém”.
Segundo o relato, naquele local, “um homem de virtude teve uma visão admirável. Pareceu-lhe ver deitado no presépio um bebê dormindo, que acordou quando o santo chegou perto. E essa visão veio muito a propósito, porque o menino Jesus estava de fato dormindo no esquecimento de muitos corações, nos quais, por sua graça e por intermédio de são Francisco, ele ressuscitou e deixou a marca de sua lembrança. Quando terminou a vigília solene, todos voltaram contentes para casa”.
A palha usada no presépio foi guardada e depois serviu de alimento para animais que estavam doentes e ficaram curadas. Homens e mulheres também “conseguiram a cura das mais variadas doenças”.
“O lugar do presépio foi consagrado a um templo do Senhor e no próprio lugar da manjedoura construíram um altar em honra de nosso pai Francisco e dedicaram uma igreja, para que, onde os animais já tinham comido o feno, passassem os homens a se alimentar, para salvação do corpo e da alma, com a carne do cordeiro imaculado e não contaminado, Jesus Cristo Nosso Senhor”, completou Celano.
Desde então, a tradição dos presépios se expandiu para diferentes locais.



