O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aprovou ontem (6) os tópicos da pauta da 62ª Assembleia Geral da CNBB que acontecerá entre os dias 15 a 24 de abril de 2026, no Santuário Nacional Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), que terá como tema as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.

Para o bispo auxiliar de Brasília, dom Ricardo Hoepers, a aprovação antecipada dessa pauta permite que as cartas convocatórias aos bispos do Brasil para a 62ª Assembleia Geral sejam enviadas logo. “Quanto antes conseguirmos fazer a convocação, melhor será a assembleia”, disse o bispo.

Um dos temas que será debatido na Assembleia Geral, segundo a CNBB, é a criação de um Fundo Patrimonial para o Patrimônio Cultural da Igreja Católica. A ideia surgiu em 28 de agosto no Seminário Cultural Católico no Brasil sobre os “desafios e alternativas de financiamento”, que visa garantir recursos para a manutenção e restauros nos bens culturais custodiados pela Igreja. O evento foi realizado pela Comissão Episcopal para a Cultura e a Educação da CNBB, no Espaço Dom Luciano Mendes, no Rio de Janeiro (RJ).

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Na época, dom Ricardo Hoepers disse que “o patrimônio sacro é fonte de fé e espiritualidade, mas também gera benefícios sociais a todos”.

“O patrimônio sagrado não é apenas uma pedra erguida, mas coração que pulsa. Cada Igreja guarda a memória da fé de um povo, cada altar conserva a esperança rezada por gerações, cada imagem é uma raiz que nos lembra quem somos. Cuidar desse patrimônio é cuidar da alma viva do Brasil. Este é o sentido do esforço de estarmos neste seminário: amar o que somos e cuidar do que seremos”, disse o secretário-geral da CNBB, destacando que uma “nota técnica recente, publicada pelo Ministério Público Federal, aponta a existência de mais de 400 bens ligados à Igreja Católica estão tombados em nível federal, muitos em estado crítico de conservação” e “a CNBB entende que nem o Estado e nem a Igreja Católica sozinha têm condições de responder à esta demanda".