7 de out de 2025 às 15:14
O papa Leão XIV falou do ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 como um ato de terrorismo que não pode ser tolerado e lamentou o grande número de vidas palestinas perdidas em "dois anos dolorosos".
O papa disse hoje (7) a um grupo de jornalistas do lado de fora de Villa Barberini, sua residência em Castel Gandolfo, Itália: “Dois anos atrás, houve um ataque terrorista… cerca de 1,2 mil pessoas mortas”.
“Precisamos realmente refletir sobre quanto ódio existe no mundo e começar por nós mesmos, perguntando por que ele existe e o que podemos fazer a respeito”, disse também Leão XIV. “Então, em dois anos, 60 mil a 67 mil palestinos foram mortos. Isso realmente nos faz pensar em quanta violência existe e como é bom promover a paz”.
O papa respondeu a perguntas de jornalistas ao deixar Castel Gandolfo para voltar ao Vaticano. Ele passa todas as terças-feiras no retiro papal, que fica a 29 km ao sul de Roma, desde 9 de setembro.
“É certo que não podemos aceitar grupos que causam terrorismo; devemos sempre rejeitar esse estilo de ódio no mundo”, disse Leão XIV, observando também que o antissemitismo também está aumentando.
Ele destacou que pediu à Igreja que reze de maneira especial pela paz no mês de outubro.
“Devemos respeitar a dignidade de todos”, disse o papa. “Essa é a mensagem da Igreja”.
Leão XIV se recusou a responder a uma pergunta sobre as batidas do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE, na sigla em inglês) em Chicago. "Prefiro não comentar neste momento sobre as escolhas feitas, sobre as escolhas políticas, nos EUA", disse o papa.
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Na conversa de três minutos e meio com jornalistas, Leão XIV também falou brevemente sobre sua primeira viagem internacional à Turquia e ao Líbano, de 27 de novembro a 2 de dezembro, anunciada hoje pela Santa Sé.
A visita ao local histórico de Niceia, Turquia, para o 1.700º aniversário do concílio de Niceia será um “momento histórico”, disse ele, “mas não é para olhar para trás, é para seguir em frente”. Um momento “de unidade na fé para todos os cristãos” numa viagem à Turquia que seu antecessor, Francisco.
No Líbano, haverá “a oportunidade de proclamar mais uma vez a mensagem de paz no Oriente Médio, num país que sofreu tanto”, disse o papa.
“O papa Francisco também queria ir para lá”, disse também Leão XIV, “ele queria alcançar as pessoas que estão vivendo depois da explosão [no porto de Beirute em 2020], depois de tudo o que sofreram. Tentaremos levar essa mensagem de paz e esperança”.
Sobre o lançamento de sua primeira exortação apostólica, Dilexi te, na quinta-feira (9), que vai abordar o tema da pobreza, o papa disse: “Essa é a mensagem do Evangelho”.
“Em última análise, tudo o que o papa diz ou anuncia deve estar sempre enraizado no Evangelho”, disse Leão XIV. “É isso que queremos tentar fazer”.




