A família real britânica celebrou o seu primeiro funeral católico na história moderna ontem (16) para a duquesa de Kent, a primeira integrante sênior da realeza britânica a ser recebida na Igreja desde o século XVII.

A duquesa morreu em 4 de setembro aos 92 anos e pediu que seu funeral fosse celebrado na catedral de Westminster, em Londres. Ela foi criada na Igreja Anglicana, mas se converteu ao catolicismo em 1994. Ela descreveu sua conversão como uma “decisão pessoal longamente ponderada”, mas disse que se sentiu atraída pelo consolo e pela clareza da fé.

 

Sua Alteza Real, a duquesa de Kent, segura um coala durante uma visita a Brisbane, Austrália, em 1988. Crédito: Arquivos do Estado de Queensland, CC BY 3.0 AU, via Wikimedia Commons.
Sua Alteza Real, a duquesa de Kent, segura um coala durante uma visita a Brisbane, Austrália, em 1988. Crédito: Arquivos do Estado de Queensland, CC BY 3.0 AU, via Wikimedia Commons.

Nascida Katharine Lucy Mary Worsley, a duquesa casou-se com o príncipe Eduardo, duque de Kent, primo de primeiro grau da rainha Elizabeth II. Sua família disse que ela deve ser lembrada por sua “dedicação ao longo da vida a todas as organizações com as quais esteve associada, sua paixão pela música e sua empatia pelos jovens”.

Na tarde de ontem, centenas de pessoas se reuniram para homenagear a vida da duquesa na catedral, ao lado do duque e de seus três filhos. O rei Carlos III, o príncipe William e a princesa Kate Middleton estavam todos presentes; a rainha Camilla não compareceu, supostamente por estar doente.

A presença do rei Carlos marcou a primeira vez que um monarca britânico reinante participou de um funeral católico em caráter formal no território do Reino Unido desde a fundação da Igreja da Inglaterra pelo rei Henrique VIII, em 1534.

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O rei Carlos III do Reino Unido ao lado da princesa Michael de Kent (à esquerda); o príncipe Michael de Kent (segundo à esquerda); Lord Frederick Windsor da Grã-Bretanha; o príncipe William, príncipe de Gales da Grã-Bretanha; Catherine, princesa de Gales da Grã-Bretanha; Sophie, duquesa de Edimburgo da Grã-Bretanha; e a princesa Anne, princesa real da Grã-Bretanha, depois de uma missa de réquiem pela Katharine, duquesa de Kent, na catedral de Westminster, em Londres, em 16 de setembro de 2025. Crédito: JORDAN PETTITT/POOL/AFP via Getty Images
O rei Carlos III do Reino Unido ao lado da princesa Michael de Kent (à esquerda); o príncipe Michael de Kent (segundo à esquerda); Lord Frederick Windsor da Grã-Bretanha; o príncipe William, príncipe de Gales da Grã-Bretanha; Catherine, princesa de Gales da Grã-Bretanha; Sophie, duquesa de Edimburgo da Grã-Bretanha; e a princesa Anne, princesa real da Grã-Bretanha, depois de uma missa de réquiem pela Katharine, duquesa de Kent, na catedral de Westminster, em Londres, em 16 de setembro de 2025. Crédito: JORDAN PETTITT/POOL/AFP via Getty Images

A missa de réquiem foi celebrada pelo arcebispo de Westminster, cardeal Vincent Nichols. O decano de Windsor juntou-se ao clero da catedral durante a missa e conduziu o sepultamento da duquesa com o bispo-auxiliar de Westminster.

Em um telegrama enviado ao rei Carlos ontem, o papa Leão XIV disse que “ficou triste ao saber da morte de Sua Alteza Real, a duquesa de Kent”. A mensagem foi lida pelo arcebispo Miguel Maury Buendia, núncio apostólico na Grã-Bretanha, durante a missa fúnebre.

“Envio sinceras condolências, juntamente com a garantia de minha proximidade em oração, a Vossa Majestade, aos membros da família real e, especialmente, a seu marido, o duque de Kent, e a seus filhos e netos neste momento de tristeza”, escreveu o papa Leão.

“Confiando sua nobre alma à misericórdia de nosso Pai celestial, associo-me prontamente a todos aqueles que oferecem ações de graças a Deus Todo-Poderoso pelo legado de bondade cristã da duquesa, evidenciado em seus muitos anos de dedicação aos deveres oficiais, no patrocínio de instituições de caridade e cuidado devotado às pessoas vulneráveis da sociedade”.

“A todos aqueles que lamentam a sua perda, na certeza da esperança da Ressurreição, concedo de bom grado minha bênção apostólica como garantia de consolo e paz no Senhor ressuscitado”, concluiu o papa Leão XIV.