Leão XIV fala sobre gravidade do ataque de Israel ao Hamas no Qatar

10 de set de 2025 às 10:54

O papa Leão XIV considerou o ataque de Israel ao grupo terrorista islâmico Hamas em Doha, Qatar, uma situação "verdadeiramente grave".

Ontem (9) à noite, ao deixar Castel Gandolfo, onde havia passado o dia, o papa falou à mídia sobre a crescente tensão no conflito do Oriente Médio: “Não sabemos para onde vão as coisas; é sempre grave. Devemos rezar muito e continuar a trabalhar, buscar, insistir na paz”.

Ontem (9), Israel lançou um ataque contra líderes do Hamas reunidos na capital do Qatar, matando pelo menos seis pessoas.

Hoje (10), no fim da audiência geral feita na praça de São Pedro, no Vaticano, o papa disse que 10 de setembro marca o Dia Nacional das Crianças Polonesas Vítimas da Guerra na Polônia, "que comemora simbolicamente seu sofrimento e sua contribuição" para a reconstrução do país depois da Segunda Guerra Mundial.

Neste contexto, ele encorajou os fiéis a lembrarem "em suas orações e projetos humanitários também as crianças da Ucrânia, de Gaza e de outras regiões do mundo afetadas pela guerra".

Conversa com o padre Romanelli depois de evacuação imediata em Gaza

Às portas de Castel Gandolfo, o papa também expressou sua preocupação com a situação em Gaza, depois que Israel ordenou a evacuação imediata dos moradores em antecipação a uma iminente intensificação das operações militares.

O papa Leão XIV disse que tentou, sem sucesso, entrar em contato com o padre Gabriel Romanelli, pároco da igreja da Sagrada Família, a única igreja católica em Gaza.

"Tentei ligar para o padre agora mesmo, mas não obtive resposta", disse ele. "Eles estavam bem, com certeza, mas depois dessa nova ordem, não tenho mais certeza".

Horas depois, o próprio padre Romanelli disse em sua conta na rede social X que finalmente conseguiu falar com o papa. "Ele nos perguntou como estávamos e como estava a situação. Ele nos enviou sua bênção e está rezando por nós e pela paz", escreveu Romanelli.