A Conferência de Rádio Católica EWTN deste ano atraiu centenas de participantes a Washington, D.C., EUA, esta semana para discutir e aprender mais sobre rádio como ferramenta de evangelização.

Na conferência, os participantes tiveram a oportunidade de "fazer networking, aprender coisas uns com os outros e discutir coisas que funcionaram e coisas que não funcionaram na rádio católica", disse Jack Williams, gerente geral da rádio EWTN, à CNA, agência em inglês da EWTN.

Entre os participantes, Williams disse que cerca de 65 são de emissoras afiliadas que transmitem a programação de rádio da EWTN nos EUA. Ele disse que muitos deles não necessariamente começaram suas carreiras no rádio, mas são pessoas que "atenderam ao chamado de madre Angélica".

Numa transmissão ao vivo da EWTN em 1995, apresentada pela fundadora da emissora, madre Angélica, "ela fez um apelo para que, se alguém tivesse, ou pudesse adquirir, uma estação de rádio AM ou FM, ela ofereceria a programação gratuitamente. E é basicamente isso que temos feito desde 1996", disse Williams. "No fim daquele ano, ela tinha seis pessoas; agora temos cerca de 440 afiliadas em todo o país".

A conferência sempre começa com um dia de retiro, e este ano o grupo se reuniu para o retiro na basílica do Santuário Nacional da Imaculada Conceição, em Washington D.C., EUA. Os dias seguintes ao retiro tinham workshops e oportunidades de desenvolvimento profissional sobre vários temas.

Os tópicos discutidos são adaptados ao que os participantes desejam aprender mais, com base numa amostra de grupos afiliados que a EWTN chama de "Equipe Consultiva de Afiliados". Eles "se reúnem mensalmente e falam sobre vários problemas enfrentados pelo mundo do rádio em geral, e pela rádio católica em particular", disse Williams.

“Usamos o feedback desse grupo para ajudar a planejar os tópicos dos workshops e as coisas que achamos que serão mais adequadas para os operadores e que ajudarão a impulsioná-los”.

Junto com os workshops, a conferência recebeu vários palestrantes, como o presidente do conselho e diretor executivo da EWTN, Michael Warsaw, e o vice-presidente e diretor editorial da EWTN News, Matthew Bunson,.

Em seu discurso principal ontem (28), Bunson, que apresenta o programa semanal Register Radio da rede, falou sobre o relacionamento que vários papas tiveram com o rádio e como seu trabalho pode servir como um guia para profissionais de rádio.

Os papas “compreenderam que o rádio tinha o papel de evangelizar, de proclamar Cristo Jesus, de liderar um profundo serviço cultural, um serviço à verdade, à justiça e à dignidade humana”, disse Bunson.

O trabalho dos papas no rádio remonta ao papa são Pio X, em 1931, quando ele iniciou sua transmissão que lhe permitiu falar “diretamente aos fiéis em todos os continentes”.

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Em 1957, o venerável papa Pio XII continuou a "destacar a importância" da rádio religiosa. Bunson disse: "Ele exortou os bispos a aumentar e aprimorar a programação, a lidar com assuntos católicos e a enfatizar a necessidade de padres e leigos bem treinados nos campos, vendo a rádio como um novo meio para cumprir o mandamento de Cristo de pregar o Evangelho”.

Pio XII “ressaltou um princípio fundamental” de que a tecnologia, quando usada eticamente, pode ser “uma poderosa aliada a serviço da fé”, disse Bunson.

“No importante documento de 1964 do Concílio Vaticano II sobre os meios de comunicação social, o famoso documento Inter mirifica, os bispos fizeram questão de incluir o rádio na lista das grandes formas de expressão que devem ser usadas pela Igreja... [para] alcançar e influenciar não só indivíduos, mas toda uma sociedade humana”.

O papa são Paulo VI “expressou ainda mais vividamente o poder do rádio”.

“Ele escreveu: A TV e o rádio deram à sociedade novos padrões de comunicação”, disse Bunson. “Mudaram os modos de vida... as emissoras têm acesso às mentes e aos corações de todos”.

O papa são João Paulo II “articulou ainda mais a missão da rádio católica, dizendo que ela tem a tarefa de proclamar a mensagem cristã com liberdade, fidelidade e eficácia”.

Bunson disse que a rádio católica e outras formas de comunicação social católica “têm a obrigação de compreender o panorama real da mídia”. Isso “requer adaptação contínua, atualização e sólida formação humana, cultural, profissional e espiritual da comunidade”.

Ao refletir sobre os papas, aqueles que trabalham na rádio católica podem aprender “a ter clareza na autoidentidade, a ser o mais profissional possível [e] a seguir o chamado do concílio Vaticano II para usar todos os meios de comunicação social que estão diante de nós”.

“Uma rádio católica autêntica… deve ser construída desde o início com uma forte identidade católica”, disse também Bunson.

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