6 de ago de 2025 às 11:13
A Fundação JMJ Lisboa 2023, responsável pela Jornada Mundial da Juventude que aconteceu na capital portuguesa, mudou de nome e passa a se chamar Fundação Jornada. A fundação anunciou a abertura de um concurso para apoiar projetos e iniciativas de jovens com o lucro da JMJ de 2023.
A diretora-executiva da Fundação Jornada, Marta Figueiredo, disse à Rádio Renascença, que o primeiro concurso público da Fundação será aberto em 16 de outubro e que a ideia é realizar dois concursos por ano, com uma verba de € 800 mil.
A JMJ Lisboa 2023 teve um lucro de € 35 milhões. Para este primeiro concurso a ser lançado em outubro, a fundação vai pôr à disposição € 360 mil. Cada projeto será apoiado com “até um valor máximo de € 30 mil” disse Figueiredo.
Segundo a diretora-executiva, “neste primeiro momento”, será lançado “um concurso piloto para receber candidaturas de projetos e iniciativas focadas nos jovens, ou lideradas pelos jovens, entre os 15 e os 35 anos, nas áreas da educação, formação, espiritualidade, saúde mental, liderança e cidadania”.
Figueiredo disse que todos os jovens podem se candidatar, mas “o foco é que o público-alvo seja residente em Portugal”. Também pode se candidatar “qualquer entidade constituída legalmente em Portugal”.
Segundo o bispo auxiliar de Lisboa, dom Alexandre Palma, presidente da Fundação Jornada, a entidade não pretende ser “apenas financiadora”, mas “quer estar como amiga, parceira, suporte e como capacitadora dos jovens”.
Perpetuar o fundo
Dom Alexandre Palma disse à Rádio Renascença que “o projeto da fundação” em relação ao lucro de € 35 milhões da JMJ 2023 “é perpetuar o fundo, ou seja, não depauperá-lo”.
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“Vamos redistribuir os proveitos que este patrimônio gera”, disse. “É de maneira muito semelhante ao que boa parte das fundações que têm um fundo próprio e financiam as suas atividades funcionam”. Para ele, trata-se de “conservar e multiplicar este fundo”, para beneficiar várias gerações.
“Vai impactar muito mais a juventude do que apenas aqueles que têm a sorte de ser jovens neste tempo”, disse.
O bispo auxiliar de Lisboa citou ainda o cardeal Américo Aguiar, que à época da JMJ era bispo auxiliar de Lisboa e foi o presidente da então Fundação JMJ Lisboa 2023, e o cardeal Manuel Clemente, então patriarca de Lisboa. Segundo dom Palma, os dois tiveram “uma visão de estratégia, rigor e transparência ao nível da gestão” que foi “muito importante”.
A fé move, a ação multiplica
O lema da Fundação Jornada é “A fé move, a ação multiplica”. Com isso, disse Marta Figueiredo, querem ir ao encontro da “experiência dos jovens com o papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude”. “É esta adesão que houve movida pela fé e que agora, segundo o convite do próprio papa, chama os jovens à ação, transformação e multiplicação”, disse à Rádio Renascença.
A diretora-executiva também lembrou as palavras do papa Leão XIV no Jubileu dos Jovens, ao pedir que sejam “agentes de transformação e esperança”.
Para dom Alexandre Palma, as palavras de Leão XIV no Jubileu dos Jovens “é uma enorme confirmação” do trabalho feito pela Fundação Jornada. “Não já tínhamos acertado entre nós que queríamos jovens agentes de esperança”, disse. “Quando na abertura do Jubileu, o papa se dirige pedindo-lhes que eles sejam sinais de esperança, nós achamos, quem nos está a conduzir não é apenas a nossa reflexão, é também a providência divina”, completou.




