21 de jul de 2025 às 14:58
O papa Leão XIV recebeu hoje (21) de manhã um telefone do presidente do Estado Palestino, Mahmoud Abbas, segundo a Sala de Imprensa da Santa Sé.
O diálogo se concentrou na terrível situação humanitária causada pelo conflito na Faixa de Gaza e na escalada da violência na Cisjordânia. Abbas controla apenas a parcela da Cisjordânia do território palestino. A faixa de Gaza é governada pelo grupo terrorista islâmico Hamas, patrocinado pelo Irã.
Na última quinta-feira (17), o exército israelense atacou a paróquia da Sagrada Família em Gaza, a única igreja católica na faixa de Gaza, que havia sido usada como abrigo para mais de 500 pessoas desde o início da guerra.
O ataque matou três pessoas e feriu cerca de 12 pessoas, algumas delas gravemente.
No ângelus de ontem (20), Leão XIV pediu o cumprimento do "direito internacional humanitário" e, portanto, o respeito "à obrigação de proteger os civis, bem como a proibição de punições coletivas, do uso indiscriminado da força e do deslocamento forçado da população".
Em sua conversa com o presidente palestino, o papa reiterou seu firme apelo ao pleno respeito ao direito internacional humanitário.
Leão XIV enfatizou em particular a obrigação de proteger a população civil e os locais sagrados, assim como a proibição do uso indiscriminado da força e da realocação forçada de habitantes.
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Diante da dramática emergência humanitária na região, Abbas e o papa concordaram sobre a urgência de garantir o acesso seguro de ajuda humanitária à população afetada.
O papa Leão XIV também falou sobre a comemoração do décimo aniversário do acordo global entre a Santa Sé e o Estado da Palestina, assinado em 26 de junho de 2015 e em vigor desde 2 de janeiro de 2016.
O tratado reconhece formalmente a Palestina como um Estado soberano e regula as relações entre a Igreja e as autoridades palestinas, enfatizando a importância do respeito à liberdade religiosa e à dignidade humana.
Depois do ataque de quinta-feira passada à paróquia de Gaza, o papa recebeu um telefonema do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Na conversa, Leão XIV renovou seu apelo para reativar urgentemente o processo de negociação para chegar a um cessar-fogo e acabar com a guerra.
Ele também reiterou a urgência de proteger os locais de culto e, acima de tudo, os fiéis e todas as pessoas que vivem na Palestina e em Israel.




