25 de jun de 2025 às 10:05
O bispo de Jundiaí (SP), dom Arnaldo Carvalheiro Neto, recebeu ontem (24) o casal que, junto com a filha de dois anos, foi atacado com spray de pimenta no domingo (22) durante a missa na catedral Nossa Senhora do Desterro.
“Dom Arnaldo ouviu atentamente o casal, oferecendo palavras de esperança e conforto, reafirmando o compromisso da Igreja em ser sinal concreto de cuidado, paz e misericórdia, sobretudo nos momentos mais desafiadores”, disse a diocese.
Também participaram do encontro o porta-voz da diocese, padre Silvio Andrei Rodrigues, o vigário-geral, padre Carlos José Virillo, o cura da catedral, pare Adriano Luís Zucculin, e o vigário paroquial, padre Rafael de Godoy.
O ataque à família aconteceu ao final da missa na noite de domingo. A médica Livia Maria Ponzoni de Abreu, 41 anos, usou o spray de pimenta por ter se irritado com o barulho da criança durante a missa, segundo boletim de ocorrência. Por causa do ataque, a criança teve uma crise com tosse, vômitos e irritação nos olhos e precisou ser socorrida com urgência. Os pais dela também caíram no chão por causa do spray.
O gás se espalhou pela igreja e provocou reação em outros fiéis. A missa foi interrompida e todos saíram da igreja.
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A médica tentou sair do local de carro, mas foi impedida por algumas pessoas, que chegaram a danificar o veículo. Logo depois, agentes da Guarda Municipal chegaram ao local.
A médica foi presa em flagrante e ganhou liberdade provisória depois de pagar fiança no valor de 20 salários-mínimos. Segundo a Guarda Civil Municipal, o spray de pimenta usado por Lívia Ponzoni tem venda proibida no Brasil e seu uso não é autorizado.
O caso foi registrado como lesão corporal, lesão corporal contra menor de idade e uso de gás tóxico ou asfixiante.
Em nota publicada logo depois do ocorrido, a diocese de Jundiaí repudiou o “lamentável episódio” e disse que, “além de provocar tumulto e interromper a celebração eucarística”, o ato da médica “constitui grave violência contra o espírito de comunhão, respeito e fraternidade que deve sempre reinar nos espaços sagrados”.




