11 de jun de 2025 às 10:34
O papa Leão XIV falou hoje (11) sobre as vítimas de um tiroteio na escola secundária Dreierschützengasse, em Graz, a segunda maior cidade da Áustria, durante a audiência geral das quartas-feiras.
Ontem (10) de manhã, um homem de 21 anos invadiu uma sala de aula e abriu fogo contra os alunos, matando 11 pessoas e ferindo cerca de 30.
A maioria das vítimas tinha entre 14 e 18 anos de idade. Um dos feridos, que estava internado no Hospital Universitário de Graz, morreu horas depois.
O autor do massacre é um cidadão austríaco e ex-aluno da escola, embora nunca tenha se formado. Depois do tiroteio, no qual usou um rifle e uma pistola, ele se matou num dos banheiros da escola.
Falando aos fiéis reunidos na praça de São Pedro, o papa manifestou solidariedade às famílias, professores e colegas de escola e pediu "que o Senhor acolha esses seus filhos na sua paz".
Depois de um alarme, 65 ambulâncias e 158 profissionais de saúde foram mobilizados para atender os feridos. Além disso, 40 psicólogos foram enviados ao local para auxiliar alunos, professores e suas famílias.
Embora os motivos do criminoso ainda não tenham sido confirmados, relatos da imprensa local dizem que ele disse ser vítima de bullying e agiu por vingança.
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Segundo a agência de notícias espanhola EFE, a investigação está sendo feita pelo departamento criminal da região da Estíria, Estado Federal da Áustria ao qual pertence a cidade de Graz.
“O mal e a morte não terão a última palavra”
O arcebispo emérito de Viena, Áustria, cardeal Christoph Schönborn, disse na rede social X (link em alemão) que “o mal e a morte não terão a última palavra”.
O cardeal disse que "não conseguia encontrar as palavras certas" para descrever o assassinato "sem sentido" desses jovens e de sua professora. "Acima do choque, da dor e da ansiedade está a grande questão: Por quê? Provavelmente não encontraremos uma resposta satisfatória", disse também Schönborn. “Meus pensamentos e orações estão, em primeiro lugar, com as vítimas e seus pais, parentes e amigos, especialmente os que continuam a temer por seus filhos”.
O bispo de Graz-Seckau, Wilhelm Krautwaschl, e o bispo auxiliar de Graz-Seckau, Johannes Freitag, também expressaram pesar pela tragédia que chocou o país e pela qual foram declarados três dias de luto oficial.
Em declaração conjunta, ambos os bispos expressaram seu choque com "esse ato insano", ao mesmo tempo em que expressaram sua "mais sincera compaixão" e sua proximidade em oração.