O prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral da Santa Sé, cardeal Michael Czerny, disse hoje (10) que as pessoas estão sendo "aterrorizadas" pela "repressão" do governo dos EUA à imigração e pelo congelamento de programas de ajuda administrados por católicos.

O cardeal disse à agência de notícias Associated Press (AP) que as medidas dos EUA estão causando sérios danos às populações vulneráveis.

“Uma repressão é uma maneira terrível de administrar assuntos e de administrar justiça”, disse o jesuíta canadense nascido na República Tcheca. “Sinto muito que muitas pessoas estão sendo feridas e, de fato, aterrorizadas pelas medidas”.

A Caritas Internationalis criticou hoje o que chamou de "decisão imprudente do governo dos EUA de fechar abruptamente programas e escritórios financiados pela USAID em todo o mundo".

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“Parar a USAID vai colocar em risco serviços essenciais para centenas de milhões de pessoas, vai minar décadas de progresso na assistência humanitária e ao desenvolvimento, vai desestabilizar regiões que dependem desse apoio crítico e vai condenar milhões à pobreza desumanizante ou mesmo à morte”, disse a Caritas.

A Catholic Relief Services — principal agência de ajuda da Igreja nos EUA e uma das beneficiárias da USAID — já falou sobre as medidas do presidente americano Donald Trump.

O cardeal Czerny disse que programas católicos menores também são afetados.

“O que a Igreja ensina é muito bem resumido pelo papa Francisco, que diz que nossa obrigação, não só como cristãos, mas como seres humanos, é acolher as pessoas, protegê-las, promovê-las e integrá-las”, disse o cardeal.