Com recursos próprios e doações a Cáritas Brasileira, organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reabriu ontem (5) os locais para a higiene de migrantes venezuelanos e pessoas em situação de vulnerabilidade nas cidades de Boa Vista (RR) e Pacaraima (RR). O horário de atendimento será reduzido e o dinheiro levantado consegue manter o serviço até 14 de fevereiro.

As estruturas sanitárias com banheiros de uso privativo, chuveiros, lavatórios, lavanderia, fraldários e bebedouros com água potável fazem parte do projeto WASH Orinoco: Águas que Atravessam Fronteiras que funcionava desde 2019 totalmente financiado com recursos do governo dos EUA.

Em 27 de janeiro passado o governo Trump decretou a suspensão de verbas para ajuda externa causando a paralização imediata dos serviços.

A Cáritas disse em comunicado que a reabertura provisória é “fundamental para aliviar as necessidades de uma população que, sem esse espaço, fica privada de um direito básico”.

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“Desde os avisos de suspensão do financiamento para a ajuda humanitária no mundo pelos Estados Unidos, a Cáritas Brasileira tem se reunido com parceiros e avaliado caminhos para manter a continuidade de seus projetos em defesa da vida e da dignidade das pessoas migrantes em Roraima”, continua o comunicado.

Segundo o comunicado da Cáritas Brasileira, o custo anual é de R$ 4 milhões e cerca de mil pessoas são atendidas por dia nas duas cidades.

“É fundamental que o Estado brasileiro e a federação assumam a responsabilidade de transformar essas iniciativas em políticas públicas permanentes”, concluiu a Cáritas.