O papa Francisco reforçou ontem (1) a importância da fé na vida cristã, bem como a necessidade de rezar continuamente pela “paz real” para o mundo inteiro em audiência geral na Sala Paulo VI, no Vaticano.


O papa também condenou a obtenção de lucros com a guerra ao condenar as ações dos que “ganham dinheiro com a morte” através de enormes investimentos na produção de armas.


Ao falar a milhares de pessoas reunidas no Vaticano no dia da festa de são José Operário, o papa falou sobre as três virtudes teologais, começando pela fé, como parte da sua série de catequeses contínuas sobre vícios e virtudes.


“O que é fé?”, perguntou o papa aos presentes na audiência. “A fé é o ato pelo qual o ser humano se compromete livremente com Deus.”


Ao falar de homens e mulheres que são modelos de fé, como Abraão, Moisés e Nossa Senhora, o papa também exortou os ouvintes a darem espaço a Deus em suas vidas cotidianas - livre e completamente - apesar das dificuldades, tribulações e incertezas da vida.


“A fé é o primeiro dom a ser recebido na vida cristã: um dom que deve ser acolhido e pedido diariamente para que se renove em nós. É aparentemente um pequeno presente, mas é o essencial”, disse o papa.

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O papa acrescentou também que “o grande inimigo da fé” é o medo e não a inteligência ou a razão como muitas pessoas acreditam.


Depois da catequese, o papa Francisco saudou grupos paroquiais e religiosos de todo o mundo reunidos no salão lotado, muitos dos quais trouxeram bandeiras e estandartes, e pediu-lhes que se unissem a ele em oração pela paz no mundo, especialmente pelos que sofrem devido a doenças, desastres naturais e conflitos.


“As graves inundações ceifaram tragicamente a vida de muitos dos nossos irmãos e irmãs, feriram outras pessoas e causaram destruição generalizada”, disse o papa sobre as graves inundações que afetaram o povo do Quênia. “Mesmo em meio às adversidades, lembramos a alegria de Cristo ressuscitado e invoco sobre vocês e suas famílias a amorosa misericórdia de Deus, nosso Pai”.


O papa também pediu aos fiéis para rezar pelos que são “vítimas de guerras” na Ucrânia, na Palestina e em Israel, que não esqueçam os sofrimentos dos refugiados Rohingya e que rezem pela paz em Mianmar.


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“Não podemos esquecer de rezar pela paz. A guerra é sempre uma derrota. Sempre. Pedimos uma verdadeira paz para esses povos e para o mundo inteiro. Infelizmente, hoje, os investimentos que geram mais rendimentos são as fábricas de armas. Terrível. Ganhar dinheiro com a morte. Pedimos paz”, disse o papa.