O secretariado português da fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS, ou ACN na sigla em inglês) convocou os portugueses a rezar ininterruptamente o terço pela paz durante o mês de maio, que é dedicado a Nossa Senhora. A fundação destacou as guerras em diferentes lugares, como a Ucrânia e a Terra Santa, mas também vários casos de violência pelo mundo, como os causados pelo terrorismo muçulmano em Cabo Delgado, Moçambique.

“Não podemos nunca resignar-nos perante a guerra, a violência e o terrorismo”, disse a diretora do secretariado português da AIS, Catarina Bettencourt. “O mundo está em guerra” em vários lugares, disse ela. “Está em guerra na Ucrânia, está em guerra na Terra Santa, mas está também em guerra no Sudão, em Mianmar, está em guerra, infelizmente, em muitos outros países e regiões”.

“Há também, e é preciso não o esquecer nunca, milhões de pessoas vítimas de ataques terroristas, vítimas da violência de grupos armados que estão particularmente ativos no continente africano, como é o caso, por exemplo, em Cabo Delgado, no norte de Moçambique”, acrescentou.

A região norte de Moçambique tem sido algo de ataques de radicais muçulmanos. A violência começou em 2017, com ataques na província de Cabo Delgado por parte de uma milícia extremista muçulmana ligada ao Estado Islâmico. Nos primeiros meses deste ano, a violência retornou, com destruição de aldeias e, inclusive, ataques à Igreja.

Segundo Ajuda à Igreja que Sofre, estima-se que desde outubro de 2017, mais de 5 mil pessoas morreram e mais de 1 milhão pessoas foram forçadas a fugir.

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“Guerra é sempre sinónimo de morte, de destruição e dor”, disse Catarina Bettencourt. Para ela, “rezar o Terço pela paz é cada vez mais urgente, é cada vez mais necessário”.

“Rezar pela paz, como pediu Nossa Senhora aos três pastorinhos em Fátima, é algo que todos podemos e devemos fazer. Não podemos mesmo é ficar indiferentes ao sofrimento de tantas pessoas, de tantas famílias, de tantos homens, mulheres e crianças”, disse.

Para participar da campanha de oração ininterrupta do terço, a fundação pede que seja feita inscrição na página da entidade, em que cada pessoa ou grupo escolherá o período de trinta minutos em que assume o seu compromisso de oração.

“Nós, na Fundação AIS, acreditamos profundamente no poder da oração. Que cada um de nós possa mobilizar a sua própria família, os amigos e colegas, a paróquia, a congregação, a escola, o grupo de catequese, os professores, os vizinhos… A mobilização de todos é importante, é fundamental”, disse Bettencourt.