O ex-presidente americano Donald Trump disse ontem (10) que não sancionaria uma lei que proibisse o aborto nos EUA, caso seja reeleito em novembro.

O pretendente republicano esteve ontem (10) em um evento em Atlanta, Geórgia, quando um repórter perguntou: “Você assinaria uma proibição nacional do aborto se o Congresso a enviasse para a sua mesa?”

“Não”, respondeu Trump.

Quando o repórter perguntou: “Você não assinaria?”, Trump respondeu novamente: “Não”.

Trump havia indicado minutos antes que discordava da decisão da Suprema Corte do Arizona desta semana de que decidiu na segunda-feira (8) que a lei estadual não garante um direito ao aborto e que uma lei de 1864 que proíbe todos os abortos pode entrar em vigor ainda este mês.

Respondendo ontem (10) em Atlanta se essa decisão “foi longe demais”, Trump respondeu: “Sim, foi, e isso será corrigido”.

“Tenho certeza de que a governadora [do Arizona] e todos os demais vão trazer isso de volta à razão e isso será resolvido, creio eu, muito rapidamente”, disse o ex-presidente.

Na segunda-feira (8), Trump disse em vídeo publicado nas redes sociais que “no final das contas” a lei do aborto nos EUA “tem tudo a ver com a vontade do povo” e que “agora cabe aos Estados fazer a coisa certa”.

Entretanto, em setembro passado, ele classificou a proibição do aborto de até seis semanas na Flórida como “um erro terrível”.

O presidente dos EUA, Joe Biden, por outro lado, prometeu no mês passado que vai apoiar uma lei que legalizaria o aborto em todo o país em resposta à anulação da decisão Roe x Wade pela Suprema Corte dos EUA em junho de 2022. A Roe x Wade legalizou o aborto nos EUA em janeiro de 1973.